segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

História da Umbanda

História da Umbanda - Caboclo das Sete Encruzilhadas
Pesquisa: Lucilia Guimarães e Eder Longas Garcia



Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.

A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.

Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita . No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.

Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:

" Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

" Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"

Ele responde:

Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."

O vidente ainda pergunta:

" Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"

Novamente ele responde;

Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 · Neves · São Gonçalo · RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita , parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:

Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".

Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai".

Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insistência dos presentes fala:

Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".

Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".

Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de"Guia de Pai Antonio".

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:

Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia
Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição
Tenda Espírita Santa Bárbara
Tenda Espírita São Pedro
Tenda Espírita Oxalá
Tenda Espírita São Jorge
Tenda Espírita São Jerônimo
As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.

Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias.

Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.

Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, Cachoeira do Macacú·RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.

Dia 16 de setembro de 2010, faleceu Dona Zilméia de Moraes, a única dos quatro filhos de Zélio de Moraes, fundador da Umbanda, que ainda estava encarnada. Fica mais órfã a Umbanda a partir de agora. Deixamos aqui nossa homenagem a essa querida e doce mãe de santo. Saravá!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amaci na TENSP

Olá que Jesus nosso Mestre nos abençoe.
Gostaria de publicar neste blog um texto maravilhoso o qual tive acesso pela internet escrito pelo irmão Pedro Kritski,donde ele descreve perfeitamente o Ritual do Amaci realizado na TENSP(Primeiro terreiro de Umbanda do Mundo).Foi de grande valia pra mim e espero que seja para todos.
O ritual de Amaci na Tenda E. Nossa Senhora da PiedadePublicado: abril 22, 2010 por alexdeoxossi em ERVAS, T.E.N.S.P., UMBANDA
Etiquetas: amaci, ERVAS, MALLET, T.E.N.S.P., TENDA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE, ZÉLIO
Não posso dizer ao certo em que momento da história da TENSP este ritual surgiu, mas sabe-se muito bem a sua finalidade e sua importância desde que foi trazido pelo espírito de Pai Antônio sob ordens de Orixá Mallet.

No Candomblé, existe um ritual homônimo que utiliza a lavagem de cabeça com ervas, porém bem distinto deste praticado na Umbanda e que descreverei de maneira simples e objetiva nesta postagem, com o intuito de mostrar como funcionam alguns ritos na Umbanda trazida pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.

O seu objetivo é basicamente , com a lavagem de cabeça, limpar o campo energético do médium para a melhor aproximação de energias dos espíritos mais elevados da Umbanda.

Para os consulentes, é uma boa oportunidade para limpar o campo energético do corpo e trazer fluidos melhores ; estes podem participar desde que vestidos com roupa branca e em preceito, o que nos leva a concluir que este ritual tem por objetivo maior anular e neutralizar fluidos danosos de quem assim desejar, agindo de maneira mais indireta na mediunidade dos indivíduos.

A sessão de Amaci só é feita depois do ritual de Fitas de Orixá Mallet, pois é energéticamente dependente deste – em outra oportunidade descreverei a consistência deste rito também muito importante.

O Rito
A lavagem da cabeça dos médiuns é feita sobre uma cama de folhas de mangueira, elas têm a função de descarga, de atrair energias negativas do campo energético do corpo.
As folhas são colhidas por médiuns homens escolhidas pela entidade dirigente da sessão já na sessão de Fitas; neste grupo deve estar presente pelo menos um “Cambone” (membro responsável pela organização material da Tenda, bem como a manutenção da ordem e da disciplina durante as sessões ) para supervisionar os médiuns na manutenção da concentração, enquanto as mulheres preparam e limpam a Tenda com água e sal grosso.

Durante todo o processo de colheita das folhas até a montagem da cama é entoado o ponto específico para o ritual:


“Mangueira, mangueira
mangueira de Umbanda
folha por folha Umbanda
Lá no mato tem Umbanda
vamos cruzar
Para salvar
filhos de Umbanda com seu patuá”

Depois de colhidas, as folhas são levadas pra tenda onde são selecionadas, ou seja, são utilizadas somente as folhas inteiras e sem manchas e com elas é montada a cama no meio do salão. São riscados os pontos das seis linhas de Umbanda em frente ao gongá por seis babás da casa (escolhidos pela entidade dirigente dos trabalhos), seguidos dos pontos riscados de Exu correspondes a cada uma das seis linhas.

Feito isso, o guia chefe recebe todos os médiuns e pessoas que desejam participar do ritual, que são orientados a mentalizar pedidos de bons agouros e boa ventura desde a colheita de sua folha até o momento em que o guia dirigente dos trabalhos irá recebê-la para picá-la em pequenos pedaços (folhas estas de qualquer espécie,com exceção de folhas com espinhos, comigo-ninguém-pode e folha de mangueira). Estas folhas são picadas junto à uma bacia de ágata de cor branca num banho que é composto por todas as bebidas usadas na casa, dentre elas as bebidas correspondentes às sete linhas.

Em ordem de tempo de casa, os membros da Tenda vão deitando na cama de folhas para a lavagem da cabeça pelo guia chefe que de acordo com a necessidade, vai pedindo o ponto cantado específico de cada Linha ou entidade, que geralmente se manifestam assim que o médium se levanta.

As folhas são descarregadas em um rio e as pessoas que participaram do rito, por questões fluídicas, devem permanecer por pelo menos 3 dias com o banho na cabeça, ou então podem lavá-las em uma cachoeira com o guia chefe da casa.

Terminada a lavagem, é feita a queima da pólvora que cobre os pontos riscados de ligação e dos comandantes das respectivas falanges de Exu pelos mesmos Babás escolhidos anteriormente pela cabeceira da mesa de Umbanda ( pontos riscados das seis linhas ), que depois de acesos são limpos com aguardente e água, após isso são levantados todos os pontos da mesa de Umbanda fazendo a limpeza com as suas respectivas bebidas dispostas nos pontos durante toda a sessão, é feita a prece de encerramento e o hino de Umbanda encerrando assim as atividades da casa depois de 3 dias seguidos de sessão.

Na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, na Cabana de Pai Antônio, tive a oportunidade de participar deste rito muito bonito em 2001 com a Dona Zilméia incorporada com a Preta Velha Tiana e o Cab. Branca Lua no comando dos trabalhos mediúnicos. Os médiuns, logo depois da lavagem de cabeça formam uma fila em direção ao rio Macacu, para o banho numa queda d’água que fica no mesmo terreno, encerrando de maneira belíssima os trabalhos do dia.

Pedro Kritski
Blog Registro de Umbanda

AMACI SAGRADO

Bem meus queridos nós do Núcleo Espírita de Umbanda Ns Sr Jesus cristo,estamos muito ansiosos para este bendito ritual que iremos realizar nos próximos dias 13,14 e 15 de Novembro na cidade de Peruíbe litoral sul de SP.É uma pena que alguns umbandistas e até mesmo terreiros deixam como que de lado este sacramento sagrado.Tão importante para os médiuns que fazem parte da corrente mediunica e para os ja cororados também.Irei expor aqui um texto que retrata melhor o Ritual do Amaci espero que seja de proveito a todos muito Axé e luz no conhecimento de Oxóssi e no amor de Oxum.
O Amaci é um ritual umbandista, onde anualmente os médiuns iniciantes e os mais antigos da corrente devem passar por ele, porém para o iniciante o banho será um, e para o médium coroado será outro. Este ritual tem a finalidade de preparar o médium para receber as energias vibrantes do terreiro, além de oferecer ao filho de fé a limpeza de seu campo áurico, bem como confirmar as entidades trabalhadoras da coroa daquele médium.

No ritual, cada médium em fila deve estar trajado de branco e cada um com seu respectivo pano de cabeça, para que após a lavagem da mesma, seja esta protegida pelo pano.
Importante salientar que tanto para os médiuns iniciantes como para os coroados, será indispensável que a energia do Amaci permaneça no campo áurico por pelo menos 24hs, e não mais de 72hs, sendo portanto recomendado que não se molhe a cabeça nas primeiras 24hs. Terminada a Gira do Amaci, podem os médiuns retirar seus panos de cabeça, salvo aqueles médiuns de incorporação que ao receberem suas entidades, retirarão para um melhor trabalho.
Junto com a lavagem que é uma imantação dos chacras, existem outros ritos que têm a finalidade de imantar e harmonizar os chacras bem como os corpos astrais e etérico para a prática mediúnica voltada para a Caridade.

Dessa forma pode-se dizer que o Amaci tem como finalidade:
a) apresentar o filho ou a filha para o seu Orixá como um de seus instrumentos para o exercício de Seu Amor e de Sua Luz;

b) imantar e entregar a coroa do médium para o seu Orixá Ancestral;
c) iniciar o médium como um membro ativo da Umbanda, com responsabilidades e compromissos com os Orixás (compromissos e responsabilidades são amar o próximo, dedicar parte de sua vida para exercer sua religião com amor e respeito e disciplina. Doar suas energias e tempo para o bem de teu próximo, doar seu corpo, mente e alma para promover a caridade – o amor essencial.)

d) manter esse médium assistido e cuidado, já que sua coroa vibrará na intensidade e na força da Casa, sendo alimentado seu chacra coronário constantemente, garantindo mais segurança e harmonia para esse filho ou filha, possibilitando um maior cuidado e zelo do Pai-de-Santo com seus filhos do ponto de vista espiritual;
Entendamos que o Amaci é mais uma benesse para o médium que qualquer outra coisa. É uma firmeza e garantia para os filhos e filhas.

O Amaci não é um compromisso de nunca mais sair da Umbanda, não é o fechamento da porta de saída, não é uma responsabilidade que não se possa posteriormente ser desistida. Ou seja, amanhã caso um filho ou filha desejarem sair da Umbanda, ou mesmo sair dessa casa poderão fazê-lo de forma tranqüila e natural. O Amaci pode ser levantado a qualquer momento a pedido do médium. Ele tem razão de existir enquanto o médium for praticante da Umbanda de forma ativa. Assim não é um compromisso para toda a vida, é um compromisso que respeita totalmente o livre-arbítrio.
O maior compromisso dos médiuns foi feito antes de seu reencarne, o Amaci é apenas uma primeira confirmação desse compromisso.


Frise-se que a Gira do Amaci tem outros fundamentos, que não me compete ao momento a divulgação, tais fundamentos referem-se aos pontos a serem cantados, ao ponto de firmeza que será riscado, ao defumador que nesta gira não será o habitual, além das firmezas outras que uma Casa de Umbanda deve ter nos dias de Amaci.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CENSO 2010

O Censo 2010 vem aí, as pesquisas terão início em agosto e para quem não sabe;censo demográfico é uma pesquisa em grande escala cujo objetivo é captar a maior quantidade possível de informação sobre determinada sociedade, região e setor econômico. Teve sua origem na China, no ano 2238, o primeiro dado estatístico ocorreu a partir das ordens do imperador chinês Yao, para o estudo da população e lavouras do país naqueles tempos. A palavra censo é proveniente do latim “census”.
  O primeiro regulamento censitário em nosso país surgiu em 1846; a partir de 1870, passou a vigorar em todo território nacional. A partir de 1930, com a criação do IBGE no fim da década, o censo passou a ter um caráter mais dinâmico e preciso.
  E uma das perguntas, dentro do censo é: Qual a sua religião?
  No último censo o resultado foi que no Brasil existem cerca de 400 mil umbandistas.Você acredita na exatidão desse numero? Eu não, é notório que somos em maior número do que meros 400 mil, então porquê deu-se este numero na pesquisa? O que eu penso? Bom, pode parecer forte o que vou escrever, mas é o que penso e está bem próximo da razão.
  Por causa da vergonha e comodismo. VERGONHA em dizer que somos umbandistas?? Parece até piada aos ouvidos dos umbandistas mais ferrenhos, mas é verdade. Vergonha de serem considerados ''macumbeiros'',  ''povinho sem cultura'',  ''filhos do diabo''.
Ou então comodismo, as vezes é mais fácil dizer''Eu sou espírita'' é a mesma coisa mesmo'', ou sou católico, espiritualista, tenho um lado espiritual independente de religião. Ai meu DEUS quanta desculpa para não dizer logo SOU UMBANDISTA, FILHO DE SANTO, FILHO DO AXÉ, FILHO DO ORIXÁ, FILHO DE PEMBA, FILHO DE FÉ, FILHO DE UMBANDA...
  É meus caros a vergonha e o comodismo estão custando caro para nossa Umbanda Sagrada. Somos muitos, mas a nossa vergonha e comodismo nos fazem parecer poucos. Neste ano por favor ''filhos de Umbanda'', não vamos cair neste erro de novo, digam em alto e bom som, encham a boca ao dizer: SIM,EU SOU UMBANDISTA.
  Vamos parar com este autopreconceito, vamos ter vergonha de sermos eleitos para compor esta mesa sagrada, donde está exposto este banquete sublime cheio de magia e amor? Vergonha de sabermos que jamais estamos sozinhos pois os nossos guias sempre estão a nos acompanhar? Vergonha de que os outros saibam que nós amamos nos sentar de frente com um Preto Velho e ouvir seus conselhos? Vergonha de carregar no peito o ORIXÁ? Vergonha de fazermos parte da religião mais linda e desprovida de preconceitos que eu conheço? Vergonha de ser UMBANDISTA?
  Ora, temos é que ter orgulho, porque muitos são chamados e poucos são os escolhidos e nós fomos escolhidos por Jesus para sermos UMBANDISTAS. E o mesmo Jesus disse: ''Aquele que me negar diante dos homens eu os negarei diante dos anjos e de DEUS''.  Jesus disse também: ''Subi nos telhados e anunciai as boas novas''.
  Vamos filhos de pemba, vamos UMBANDISTAS anunciar o Reino de Oxalá, diga para todos quando lhe perguntarem qual a sua religião: Sou Umbandista graças a DEUS. Por isso neste Censo 2010 nos 4 cantos do Brasil uma só voz, uma só fé, uma só verdade a dizer com AMOR E CARIDADE:  EU SOU UMBANDISTA.

  Axé e luz a todos com o conhecimento de Oxóssi e o amor de Oxum.

terça-feira, 27 de julho de 2010

oração a Oxalá

Oxalá, salvai a nós que precisamos de vós.


Oh pai Oxalá Salvai a quem a vós clamar.

Salvai aqueles que da tua bondade precisam.

Os mais pobres que nem o pão tem para se saciar.

Oxalá meu pai salvai também os maus, que muitas vezes, o mau fazem sem pensar.

Moribundos e ignorantes que no fundo sofrem sem parar.

Vós que sois a Energia mais pura que Deus nos deu, para ao bem nos encaminhar.

Salvai os orfãos que sem pais não tem um colo aconchegante para se deitar.

Salvai as viúvas que sentem a dor de não ter mais o companheiro amoroso que as fazia sonhar

Salvai pai Oxalá os que vivem sofrendo em meio as guerras e as catástrofes que são fortes a os assolar.

Salvai os presos, os doentes, as crianças, os velhinhos, salvai a todos com vosso incomparável cuidado e carinho.

Salvai as almas perdidas nesta ou na outra vida, que tenham luz e divina guarida.

Salvai a Umbanda divina, vossa predileta filha, da boca maldosa dos que detestam a vida

Os que dizem coisas horríveis desta obra que visa a caridade acima do mau e da vaidade.

Salvai eles também, pois não sabem o que dizem, fazendo de novo o que fizeram um dia, crucificando injustamente o mestre e guia Jesus que a todos só queria dar abundante vida.

Agora apedrejam e crucificam a Umbanda divina que só quer dar a todos os mesmos ensinamentos do Mestre e Guia: humildade, caridade e vida.

Salvai Oxalá os filhos de fé, espalhados por toda Terra bendita, dai a todos amor, perdão, ajuda, proteção e alegria.

Salvai-nos do orgulhos, da vaidade e da mentira.

Salvai nossos queridos Guias: Caboclos, erês, baianos, boiadeiros, malandros, pretos-velho, marinheiros, ciganos e também os perseguidos por serem mau compreendidos, mas que sempre nos trazem luz e alivio, Laroyê os Exus queridos.

Salvai os eguns, dai a eles o perfeito caminho.

Oh Pai Oxalá perdoai-me se de alguém esqueci de rogar a vossa salvação, mas sabeis intenção de meu coração.

Salvai a humanidade, salvais os filhos de fé, salvai a Umbanda, salvai e salvai.

Obrigado hoje e sempre Oxalá é meu Pai.

Assim seja.



David Veronezi

terça-feira, 25 de maio de 2010

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada.

A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.




Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.



E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.





Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.



Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.



A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.



Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.



É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.



Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.



Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.



Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.



Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.



Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.



As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.



Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequencias do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.



O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.



Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.



Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.



São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.



A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver” Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.



A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.



No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.



Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.



Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.



Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.



Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.



Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar,mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.



Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.



A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.



Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.



Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.



É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.



Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura,principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.



Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.



Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.



A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.



A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.



É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.



Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.



O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.



A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.



Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.



Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande



Pai Oxalá.







*Por Jorge Menezes*

A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Quem se detém a estudar às obras espíritas, sejam Kardecistas ou umbandistas, conclui que a totalidade dos autores afirma, categoricamente, que os médiuns completamente inconscientes são casos raros, raríssimos, sendo que muitos defendem a mediunidade consciente como perfeitamente cabível nos trabalhos de Umbanda e outros (como Matta e Silva, por exemplo), não admitem o médium consciente total, exigindo, para uma incorporação autêntica, a semi-inconsciência, onde o aparelho fica como que aturdido e sem forças para intervir naquilo que a Entidade está querendo dizer.




O fato é que este ponto é um problema muito delicado para a prática da mediunidade, pois, só com muita experiência, conseguimos fazer com que o nosso psiquismo não interfira no trabalho dos guias e protetores, principalmente quando o médium está lidando com pessoas de suas relações mais chegadas, ou com parentes seus. Tirar a cabeça do médium dos trabalhos do Guia é, justamente, uma das coisas mais difíceis de se conseguir, quando se é novato, pois sempre acarreta dúvidas e preocupações, mormente naqueles que receiam o fantasma da mistificação.



O mais engraçado é que pouquíssimos têm a coragem e a decência de se confessarem conscientes ou, pelo menos, semi-inconscientes querendo todos passar por médiuns mecânicos ou inconscientes totais, o que a meu ver, já é uma prova de deslealdade incompatível com o verdadeiro sacerdócio da missão mediúnica, na sua acepção mais profunda. Eu mesmo, quando comecei na Umbanda, mantive a idéia, plenamente enraizada, de que mediunidade era sinônimo de “inconsciência” na hora do transe mediúnico.



Quando comecei a sentir as primeiras vibrações de aproximação das Entidades, entrei em verdadeiro ESTADO DE PÂNICO, simplesmente porque, comigo, não estava acontecendo, aquilo que todos em minha volta afirmavam: que eram médiuns inconscientes.



Mas não há mal que não traga um bem. Comecei a desconfiar que TODOS não fossem tão inconscientes assim, quando, em mim, a consciência estava bem presente e firme.



Só havia um recurso: estudar o assunto.



Foi o que fiz, com vagar, com persistência e paciência.



Hoje, com uma apreciável bibliografia à minha disposição, posso afirmar COM AUTORIDADE, “que todos aqueles que se diziam “inconscientes totais” estavam “mentindo”, não sei com que intuito. A mediunidade mecânica, inconsciente, em que o aparelho ficam como se estivesse em sono profundo é extremamente raro no mundo inteiro, contando-se nos dedos aqueles que, verdadeiramente, o são.



Na verdade, o que se passa no chamado “desenvolvimento” (palavra inadequada) é que as Entidades “tomam o médium” em três fases distintas, a saber:



1º) – Domínio das faculdades sensoriais;



2º) – Domínio das faculdades motoras;



3º) - Domínio das faculdades psíquicas.



As primeiras manifestações são sensoriais, isto é, o médium começa sentindo “algo de estranho”, mãos geladas, braços e pernas dormentes, frio na espinha, na cabeça, na boca do estômago, etc. É a atuação das Entidades sobre os plexos nervosos, como primeiro sinal de sua aproximação.



Em seguida, as Entidades passam a dominar as “faculdades motoras” e o médium sente impossibilidade de desfazer certos gestos e atitudes que ele tomou SEM SABER PORQUE, mas que não “tem forças” para impedir. Quando um Caboclo DE VERDADE prende o braço esquerdo do médium nas suas costas, imóvel, horas e horas, ou quando um preto velho verga as pernas do médium, este não sabe porque, mas obedece, embora esteja “consciente” de que está fazendo aquele gesto ou tomando aquela atitude.



São as suas faculdades motoras que, secundando as manifestações sensoriais estão sendo “tomadas” CADA VEZ MAIS PELA Entidade, à medida que o seu organismo se prepara para a missão mediúnica.



A última faculdade a se entregar ao domínio dos Guias e protetores é, justamente, o psiquismo do médium, a sua consciência, a sua “guarda” para tudo de estranho que está acontecendo com ele. Quanto mais culto o aparelho, maior a sua resistência a entrega do seu psiquismo `atuação das Entidades de incorporação.



Em primeiro lugar, vem o natural e louvável auto-policiamento do médium que, quanto mais bem intencionado estiver, mais receoso ficará de estar sendo tomado por sugestões neuro-anímicas motivadas pelo ambiente dos terreiros. Quanto mais ele se auto-policia, mais o seu psiquismo interfere, fazendo com que a Entidade que se aproxima só consiga tomar 20% ou 30% da sua vontade. É por isso que todo médium, seja qual for, começa muito anímico, com 10%, 20% ou 30% de incorporação ,e conseqüentemente, com 90%, 80% ou 70% de interferência do seu próprio “eu” nos trabalhos do Guia. Só com o tempo (muito tempo), à medida que o médium vai tomando ciência do “sucesso” dos trabalhos do seu Guia, é que as suas resistências psíquicas vão se quebrando e ele começa, então, a progredir na escala de incorporação, muito temo ainda, com 40% ou 50% do seu psiquismo "Fora do ar"” Os grandes estudiosos do assunto consideram 50% uma "boa incorporação”, o que nos leva a concluir que a coisa é muito ‘seria mesmo. De 50% para cima o médium vai se apagando numa espécie de “aturdimento” crescente com a porcentagem de incorporação conseguida, isto é, de domínio da Entidade sobre o seu psiquismo. Os grandes médiuns, que trabalham com ótimos Guias e dão boa passividade, ficam na faixa dos 70%, chegando, às vezes, aos 80%. Jamais passam de 80%.



Muita Paz.



Fátima Damas

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Fumo e a bebida na Umbanda

O FUMO



O segredo e a utilização, desses elementos por parte de nossas entidades, o modo como a fumaça é dirigida (magia) tem o seu eró (segredo) e não é como muitos utilizam, para alimentar a vaidade, o vício e a ignorância.

O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada em nossa religião. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e o aroma.

Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.

O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.

Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem fumos leves, para a fabricação de cigarros.

No fabrico dos charutos, as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas de 15 a 20 folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração.

Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia, Virgínia, Sumatra e Havana.

Nos trabalhos umbandistas a cigarrilha de odor especial é muito utilizada pelas Pombogiras e Caboclas.

Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com negócios financeiros.

Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exus, enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos.

Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os elementos com a sua própria força espiritual, transformando o tradicional "pito" em um eficiente desagregador de energias negativas. Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas executados pelas entidades. A queima do tabaco não traz nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras dos consulentes.

Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, "na fumaça está o segredo dos trabalhos da Umbanda".

Geralmente os Guias não tragam a fumaça, utilizando-a apenas para “defumar” o ambiente e as pessoas através das baforadas, apenas enchem a boca com a fumaça e a expelem sobre o consulente ou para o ar.

A função principal é a de defumar aqueles que chegam até a entidade. Algumas entidades deixam de lado o fumo se a casa for defumada e mantiver sempre aceso algum defumador durante os trabalhos.

BEBIDAS


O álcool, tem emprego sério na Umbanda. Quando tomado aos goles, em pequenas quantidades, proporciona uma excitação cerebral ao médium, liberando-lhe grande quantidade de substâncias ativadoras cerebrais, acumulada como reserva nos plexos nervosos (entrelaçamento de muitas ramificações de nervos), a qual é aproveitada pelos guias, para poderem trabalhar no plano material.

Deste modo, quando o médium ingere pequena quantidade da bebida, suas idéias e pensamentos, brotam com mais e maior intensidade. É também uma forma em que a entidade se aproveita este momento para ter maior "liberdade de ação".

Os exus são os que mais fazem uso da bebida. Isto se ao fato de, estas linhas utilizarem muito de energias etéricas, extraidas de matéria (alimentos, álcool, etc.), para manipulação de suas magias, para servirem como "combustível" ou "alimento", encontrando então, uma grande fonte desta energia na bebida.

Estas linhas estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda necessitam destas energias, retiradas da matéria, para poderem realizar seus trabalhos e magias!

O marafo também é usado para limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora usados em descarregos.

O álcool por sua volatibilidade tem ligação com o ar e pode ser usado para retirar energias negativas do médium.

Já o alcool consumido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em quantidade reduzida no organismo.

O perigo nestes casos é o animismo, ou seja, o Médium consumir a bebida em grandes quantidades por conta própria e não na quantidade que o Guia acha apropriada. Nestes casos, pode ser que o Guia vá embora e deixe o médium sob os efeitos da bebida que consumiu sem necessidade.


O FUMO E A BEBIDA SÃO INDISPENSÁVEIS?


Podemos sim não utilizar fumo e bebidas. Estes elementos são ferramentas dos Guias para os trabalhos, que podem não ser utilizadas. Haverá uma diminuição da eficiência e rapidez do trabalho, mas ele será realizado também, mais devagar e de forma mais trabalhosa. Será como utilizar apenas as mãos para um determinado trabalho, possível, mas mais trabalhoso. É uma opção do médium, caso o médium não possa ou não queira fumar e beber, o Guia irá respeitar sua decisão.

Pode neste caso solicitar apenas que sejam feitas oferendas com estes elementos, ou que um copo com sua bebida seja deixado próximo a ele quando esiver trabalhando incorporado.

 
Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Um papo com o Sr Zé Pilintra

Papo com Seu Zé Pilintra



Em uma certa feita, um consulente chegou para se consultar com nosso amado Zé Pilintra.

Ele começou chorar as mágoas, dificuldades que estava enfrentando, muito abatido por sinal.

Seu Zé depois de ouvir pacientemente o irmão começou a lhe explicar:

O meu filho sabe que todos nós enfrentamos dificuldades e tristezas, assim é a vida. Muitas dificuldades que nós passamos o culpado somos nós, fazendo tudo do nosso jeito à torto e à direita, sem dar ouvido as sugestões de nossos guias, nem mesmo querendo saber da vontade de Deus. Depois que fazemos escolhas erradas, ainda queremos culpar tudo e todos. Esqueceu que temos o livre arbítrio?

O nosso orgulho e egoísmo são terríveis.

Outro problema é a nossa inconstância, nunca terminamos o que começamos, sempre deixando pela metade, falta-nos coragem.

Começe a colocar pequenas metas na vida como por exemplo pintar um quadro em 7 dias, mas termine. Pequenas tarefas que tenham começo e fim e assim depois de se exercitar com essas pequenas coisas será capaz de começar e terminar grandes coisas.

À respeito do seu sofrimento, eu sinto também, queria muito tomar a sua dor para mim filho, mudar a sua vida por completo em todos os sentidos, mas não posso você tem seu livre arbítrio, seu carma e eu não sou maior que a LEI MAIOR do Criador.

Queria chorar as suas lágrimas, pisar nos espinhos que pisa antes de você, quando estas a se afundar no mar da vida queria me afogar no seu lugar, que o fogo que te queima me queimasse antes, tamanho o amor que eu tenho por vocês todos.

Amo porque Deus me ensinou a amar,mas não posso intervir na lei Divina.

Porém prometo estar sempre ao seu lado, acodindo, protegendo, amparando e enviando bons pensamentos para que por mérito próprio cresca e vença.

Depois disso de emocionar a todos que estavam presentes, chegou a hora de ele ir embora, mas não sem antes elogiar as mulheres e até convidá-las para dar uma voltinha com ele e ela inclusive aceitou, porém ele disse que para isso ela deveria desencarnar e ela por sua vez logo mudou de idéia.



Saravá Seu Zé Pilintra, Salve suas Forças

terça-feira, 11 de maio de 2010

Um filho de fé

Numa praia deserta caminhava um filho de fé...
Atormentado por suas mágoas e provações, buscava por um alento um consolo.
Buscava forças e um sinal de esperança, para poder continuar lutando....
Olhava fixamente para as águas do mar, as ondas se quebrando, vindo do horizonte aos seus pés se esparramar.. .
Uma lágrima entristecida, cobriu-lhe a face, seu coração apunhalado pelas intrigas e maldades dos seu irmãos, já se tornava insuportável. ...
"Então"...
Quando percebeu, já estava distante, foi quando notou que já estava entardecendo. ..
O vento soprou em seu rosto e veio a sua intuição..
A Senhora dos Ventos, Mãe Iansã, e a saudou com alegria e sentiu suas magoas serem levadas pelo vento,  paz começou a renascer...
Olhou para o poente e viu no céu as nuvens avermelhadas, então com grande força saudou o Senhor das Demandas, seu Pai Ogum, e aos poucos o peso que lhe afligia se quebrava, e continuou caminhando.. .
Observou na beira das águas, peixinhos dourados a cintilar, foi então que seu coração se encheu de doçura e saudou Mamãe Oxum, que o abençoava com seu sagrado e divino manto...
Aos poucos, leves gotas de chuva tocaram a sua pele e a paz de espírito e o amparo que sentiu o fez lembrar-se de Nanã Buruque, que com sua lama sagrada, aliviou por completo suas dores causadas pelos tormentos materiais e espirituais, e a saudou com grande festividade. ..
Perdido em seus pensamentos o filho de fé, caminhava fascinado, quando de repente a brisa tocou seus cabelos e junto com elas trouxe folhas distantes, sem hesitar saudou Pai Oxossi, e pediu em sua mente que aquelas folhas lhe purificassem e o livrassem de todos os sentimentos impuros.
Sua concentração foi interrompida ao ver um raio iluminar o céu, e ouviu um alto estrondo que lhe encheu o peito de coragem.
"Kaô Kabecilê", e sentiu a mão forte do seu pai Xangô, então confiante, não mais sofria pelas injustiças,pois seu pai lhe protegia...
Então admirado, sentou-se a beira mar, olhou para o céu e viu uma constelação, e lembrou-se das almas benditas e dos adoráveis pretos velhos, e sem se esquecer do bondoso Pai Obaluaê, que aos poucos com seu fluido curava as chagas do seu corpo e espírito...
Fixou o olhar no céu, e nas nuvens brancas a rodear as estrelas e uma delas brilhava e cintilava,
como se fosse o centro do Universo, então humildemente, nosso irmão de fé agradeceu a Pai Oxalá por ter lhe dado o Dom da Mediunidade e poder levar alento e paz aos irmãos necessitados. ..
Então um perfume exalava de dentro do mar, eram rosas perfumadas que chegavam até ao seus pés, e foi ai que avistou Mãe Iemanjá, seu coração não se continha de tanta alegria, sua mãe o amparava e o confortava, e veio a sua mente.......

"A elevação do filho de fé....

Não está na força ou sabedoria, mas sim em seu coração...
Porque ele pode saber pouco ou não ter força alguma.
Mas sente a essência e o fundamento da verdadeira Umbanda...
Paz, Amor e Caridade!!!"

(autor desconhecido por nós)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Doutrina Umbandista

Fácil é ser Umbandista dentro do terreiro, mas o difícil é sermos Umbandistas o tempo inteiro.


Praticar a caridade, o amor com o próximo quando estamos na gira é muito bom e relativamente fácil, mas a doutrina Umbandista é para ser levada a todo o momento e praticada em todas as áreas de nossas vidas.

Lembrando que para se praticar a caridade não é necessário a "incorporação", não só podemos como devemos ajudar aos outros com as nossas ferramentas básicas, como: uma conversa, um gesto e até mesmo um abraço. Essas são formas simples, mas extremamente eficazes de ajuda.

Temos que mostrar, principalmente fora do terreiro, que somos caridosos, amorosos e pregamos a paz. Essa admirável doutrina implica em melhoramento moral e reforma íntima. A Umbanda nos mostra que temos que dar para poder receber, ajudar sem esperar nada em troca e sim pelo puro prazer da prática da caridade.

De que adianta sermos ótimos mediuns e ajudarmos os outros nos dias de gira se no nosso dia à dia não respeitarmos nossos semelhantes, não os tratarmos com amor e não ajudarmos aqueles que estão mais próximos de nós e necessitando dessa ajuda?

Temos que absorver essa doutrina para o nosso cotidiano, isso sim é ser o verdadeiro Umbandista.

Temos que parar de justificar nossos erros - errar é humano - sim, errar é de fato humano, mas temos que aprender a valorizar nossos acertos e buscar uma melhora de conduta sempre.

Devemos eliminar de nossos corações sentimentos como: inveja, raiva, angústia, enfim todos eles só nos trazem dor e sofrimento e tendem a nos deixar pra baixo.

Temos que nos policiar quando sentimos algo do tipo ou quando destratamos alguém e é nessa hora que vale lembrar: Eu sou Umbandista e não é esse tipo de comportamento que a minha religião ensina.

Devemos ter respeito e orgulho de nossa religião, pois é através dela que descobrimos que o real valor da vida está em sermos bons com os outros e com nós mesmos.

Esse é apenas um desabafo de quem vem tentando aplicar a doutrina Umbandista em seu dia à dia, na certeza de que com isso a vida só tende a melhorar.


Muito axé a todos.

Manuela Porto

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CENSO 2010. EU SOU UMBANDISTA

  O Censo 2010 vem aí, as pesquisas terão início em agosto e para quem não sabe o censo demográfico é uma pesquisa em grande escala cujo objetivo é captar a maior quantidade possível de informação sobre determinada sociedade, região e setor econômico. Teve sua origem na China, no ano 2238, o primeiro dado estatístico ocorreu a partir das ordens do imperador chinês Yao, para o estudo da população e lavouras do país naqueles tempos. A palavra censo é proveniente do latim “census”.
  O primeiro regulamento censitário em nosso país surgiu em 1846; a partir de 1870, passou a vigorar em todo território nacional. A partir de 1930, com a criação do IBGE no fim da década, o censo passou a ter um caráter mais dinâmico e preciso.
  E uma das perguntas, dentro do censo é: Qual a sua religião?
  No último censo o resultado foi que no Brasil existem cerca de 400 mil umbandistas.Você acredita na exatidão desse numero? Eu não, é notório que somos em maior número do que meros 400 mil, então porquê deu-se este numero na pesquisa? O que eu penso? Bom, pode parecer forte o que vou escrever, mas é o que penso e está bem próximo da razão.
  Por causa da vergonha e comodismo. VERGONHA em dizer que somos umbandistas?? Parece até piada aos ouvidos dos umbandistas mais ferrenhos, mas é verdade. Vergonha de serem considerados ''macumbeiros'',  ''povinho sem cultura'',  ''filhos do diabo''.
Ou então comodismo, as vezes é mais fácil dizer''Eu sou espírita'' é a mesma coisa mesmo'', ou sou católico, espiritualista, tenho um lado espiritual independente de religião. Ai meu DEUS quanta desculpa para não dizer logo SOU UMBANDISTA, FILHO DE SANTO, FILHO DO AXÉ, FILHO DO ORIXÁ, FILHO DE PEMBA, FILHO DE FÉ, FILHO DE UMBANDA...
  É meus caros a vergonha e o comodismo estão custando caro para nossa Umbanda Sagrada. Somos muitos, mas a nossa vergonha e comodismo nos fazem parecer poucos. Neste ano por favor ''filhos de Umbanda'', não vamos cair neste erro de novo, digam em alto e bom som, encham a boca ao dizer: SIM,EU SOU UMBANDISTA.
  Vamos parar com este autopreconceito, vamos ter vergonha de sermos eleitos para compor esta mesa sagrada, donde está exposto este banquete sublime cheio de magia e amor? Vergonha de sabermos que jamais estamos sozinhos pois os nossos guias sempre estão a nos acompanhar? Vergonha de que os outros saibam que nós amamos nos sentar de frente com um Preto Velho e ouvir seus conselhos? Vergonha de carregar no peito o ORIXÁ? Vergonha de fazermos parte da religião mais linda e desprovida de preconceitos que eu conheço? Vergonha de ser UMBANDISTA?
  Ora, temos é que ter orgulho, porque muitos são chamados e poucos são os escolhidos e nós fomos escolhidos por Jesus para sermos UMBANDISTAS. E o mesmo Jesus disse: ''Aquele que me negar diante dos homens eu os negarei diante dos anjos e de DEUS''.  Jesus disse também: ''Subi nos telhados e anunciai as boas novas''.
  Vamos filhos de pemba, vamos UMBANDISTAS anunciar o Reino de Oxalá, diga para todos quando lhe perguntarem qual a sua religião: Sou Umbandista graças a DEUS. Por isso neste Censo 2010 nos 4 cantos do Brasil uma só voz, uma só fé, uma só verdade a dizer com AMOR E CARIDADE:  EU SOU UMBANDISTA.

  Axé e luz a todos com o conhecimento de Oxóssi e o amor de Oxum.

                  DAVID VERONEZI

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Umbanda Sagrada do Caboclo 7 Encruzilhadas

 






HISTÓRIA



A Umbanda Sagrada foi fundada no dia 15 de Novembro de 1908 pelo CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS que incorporou em um médium chamado ZÉLIO FERNANDINO DE MORAIS, que então tinha apenas 17 anos de idade.

Esse médium havia tido uma paralisia em seu corpo que não havia explicação médica; por esse motivo seus pais resolveram leva-lo para a Federação Espírita de Niterói, no Rio de Janeiro. Era a primeira vez que ele havia pisado em um centro espírita. Quando o médium incorporou o espírito e esse se identificou como sendo um índio, ele foi convidado a se retirar, já que para os dirigentes Kardecistas da época(e, infelizmente para alguns atuais), os espíritos de índios, pretos velhos e crianças, eram considerados como sendo espíritos atrasados, sem conhecimento, portanto, sem nenhum valor para o espiritismo e, quando algum médium incorporava alguns desses espíritos, os seus respectivos médiuns eram “convidados” a se retirar. Mas nesse dia aquele espírito argumentava com extrema segurança do porque tinha que se retirar e, um dos médiuns videntes da Federação ao perceber que esse espírito tinha uma luz muito forte, demonstrando um grande grau de evolução, perguntou ao espírito seu nome, e ele respondeu: “ Para quem quiser saber meu nome, me chamem de Caboclo das 7 Encruzilhadas, pois para mim não há caminhos fechados e , a partir de amanhã, estarei na casa desse aparelho para fundar uma nova religião( O qual chamou de Umbanda) onde todos os espíritos poderão trabalhar sem que sejam expulsos”. No outro dia, lá se encontravam muitas pessoas, entre curiosos, membros da Federação Espírita de Niterói, e muitos necessitados. O Caboclo das 7 Encruzilhadas atendeu ao povo, curando doenças, resolvendo obsessões e muitos outros casos. Estava sendo fundado o primeiro Templo Umbandista do mundo.



Diferenças entre Umbanda e Macumba.



Podemos definir a Umbanda Sagrada como a “Manifestação do espírito para a prática da caridade pura, e em todas as suas formas”. Portanto, por essa definição visualizamos o verdadeiro sentido dessa religião. Os verdadeiros Templos de Umbanda são aqueles :

· Onde se fala em Deus;

· Onde se prega a palavra e os ensinamentos de Jesus Cristo;

· Onde se fala da Filosofia e Doutrina Espírita ditada por Allan Kardec;

· Onde se pratica a Caridade;

· Onde não há cobrança, pois espíritos não precisam de dinheiro;

· Onde não há matança de animais, pois matar animais, que são filhos de Deus, não é fazer caridade e, matar um animal, perante Deus, é como matar qualquer ser humano;

· Onde se prega a Fé;

· Onde se prega o Amor;

· Onde se prega o Conhecimento;

· Onde se prega a Justiça;

· Onde se prega a Lei;

· Onde se prega a Evolução;

· Onde se prega a Vida.

Locais onde não se fala em Deus, Kardec, Jesus, onde há cobrança e matança de animais e onde são feitas coisas sem devido conhecimento, através da superstição, colocando o medo nas pessoas que freqüentam, esses locais são considerados como Macumbas e os seus freqüentadores e “médiuns” chamados de macumbeiros. Esses locais por terem as piores qualidades de pessoas e espíritos(já que semelhante atrai semelhante), devem ser evitados, com o risco de se ter, através das leis espirituais da “ação e reação” e do “Karma”, sérios danos às pessoas, não só no aspecto Financeiro, como Moral e Espiritual.





Orixás



Orixás, Anjos, Santos ou Espíritos Superiores nada mais são que espíritos que não estão mais em fase reencarnacionista, isto é, que alcançaram a perfeição. Orixás são arquétipos, figuras pela qual temos maior facilidade de “chegar até eles”.

Cada um é representado por uma virtude e uma cor diferente.

Resumidamente, temos:





Orixá Virtude Cor Sincretismo



Oxalá Fé Branco Jesus Cristo

Oxum Amor Rosa Nossa Senhora da Conceição

Oxossi Conhecimento Verde São Sebastião

Xangô Justiça Marrom São Jerônimo

Ogum Lei Vermelho São Jorge

Obaluayê Evolução Amarelo São Roque

Yemanjá Geração Azul Nossa Senhora



Devemos entender que cada orixá é a representação de uma virtude e, por exemplo, quando se acende uma vela de cor branca está se estimulando a Fé, quando se acende uma vela de cor rosa está se estimulando o Amor, e assim por diante....

Essas sete virtudes, de maneira afunilada, são as necessárias para que o ser humano possa alcançar a perfeição.

Deve-se entender também que se Orixás são Espíritos que alcançaram a perfeição, eles por conseqüência e lógica tem em si, conquistadas, todas as virtudes, pois, se isso não fosse verdade, não teriam alcançado a perfeição. Como exemplo, temos Jesus Cristo, que não pregou apenas a Fé, mas também o Amor, o Conhecimento, a Justiça, etc.

Então Oxalá é Jesus Cristo? Não e sim. Oxalá, por exemplo, é todo espírito que em vida pregou a Fé. Temos inúmeros exemplos de outros espíritos que quando encarnados pregaram a Fé, como Buda, Zoroastro, entre outros. Sincreticamente, para nos facilitar, associamos Oxalá com Jesus Cristo.

Muitas pessoas se perguntam, sou filho de qual Orixá? A resposta é simples. Todos nós somos filhos do Criador, que cada povo nomeia de uma maneira: Deus, Zambi, Olorum, Manitoo, Alá, e outros. Não importa! Como Ele é o único Criador, todos somos filhos Dele. Ninguém pode, por exemplo, ser filho de Xangô, já que São Jerônimo não criou ninguém e foi criado por Deus como nós, e que alcançou, através de seu livre arbítrio, o grau de perfeição, o qual um dia também alcançaremos. Portanto, dizer que se é filho desse ou daquele Orixá é um erro e quem o diz é alguém que tem total ignorância das Leis Espirituais.
Texto extraido da Internet.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Papo franco entre um Umbandista e um Protestante.

Há poucos dias atrá eu estava no msn a bater papo, jogando dama com a Manu, enfim quase que não fazendo nada.


Quando de repente entrou um velho amigo meu, dos tempos em que eu era protestante e me chamou para conversar.

Papo vai papo vem, ele me teceu alguns elogios e disse: Bem que eu poderia ir passar um fim de semana em sua casa em São Paulo.

Eu respondi: Claro será um prazer,só tem uma coisa que me preocupa,EU SOU UMBANDISTA, em minha casa tudo que se vê logo se nota UMBANDA.

Foi um choque!!

Ele respondeu: Mas como, não acredito você deixou a "verdade" para se deixar enganar por essas coisas.

Eu respondi: O meu caro prefiro que não entremos nessas discussões sem sentido, não vamos deixar nosso reencontro (mesmo que virtual) se transformar em uma calorosa discussão que só ira gerar antagonismos.

Tudo bem disse ele, o papo continuou.

Falamos de várias coisas até que ele novamente tocou no assunto.

David volta para Jesus logo rapaz você tem talento, antes que Jesus volte. Carinhosamente respondi: Poxa vida,ja voltei para Jesus, encontro ele hoje é na Umbanda, não basta ver que estou feliz para você?

Ele respondeu: Tudo bem, mas saiba de uma coisa você ainda vai ter que dobrar seus joelhos diante Jesus no juizo final e dizer que Ele é o Senhor.

Retruquei: Já faço isso todos os dias quando acordo e ao dormir, ou quando entro em um terreiro bato cabeça para Jesus e será um prazer imenso quando eu desencarnar, se for merecedor dobrarei meus joelhos diante do Mestre Jesus e será uma enorme emoção.

O problema é que ele não parou de falar, aí meus caros, eu "surtei" e comecei sem parar à escrever.

Disse eu: Quer saber de uma coisa, sabe por que hoje sou Umbandista?

Porque enquanto à sua compreensão de Deus é um Deus que mata, julga, condena e lança ao inferno, o DEUS que nós adoramos na Umbanda, perdoa, ama e dá aos seus filhos outra oportunidade através da reencarnação, de se redimirem dos erros cometidos. Nós levamos a risca o dar de graça o que se recebeu de graça, CARIDADE É A LEI, o que vocês julgam ser Umbanda não é Umbanda. Na Umbanda, não se cobra nada, não se faz sacrifícios humanos ou de animais como ás vezes vocês divulgam. Respeitamos a natureza, amparamos, acolhemos e amamos a todos sem distinção de cor, raça, credo. Ao que diz respeito a "salvação" não nos rotulamos como donos da verdade, ou que só nossa conduta dogmática é a certa e leva à DEUS, cremos piamente que o católico, protestante, islâmico, budista, umbandista, espírita, enfim todos estão sujeitos a salvação, desde que estejam debaixo dessas máximas:

Amar a Deus sobre todas as coisas, ao próximo como a ti mesmo, fora da caridade não há salvação...

Não saímos por aí atacando os outros e nem condenando nossos irmãos homossexuais ao inferno já que para nós eles não tem nada de diferente amam, sentem, riem, choram como todos e tem o direito de serem chamados filhos de DEUS.

Para finalizar eu disse: Bom querido me desculpe, mas é isso SOU FELIZ POR SER UMBANDISTA, TENHO ORGULHO DE SER UMBANDISTA, QUERO MORRER E NASCER NOVAMENTE UMBANDISTA.

Depois disso ele me pediu licença porque precisava ver algumas coisas, quem sabe orar por mim...



David Veronezi

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Kardec na Umbanda 1

Professor: Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em 3 de outubro de 1804 em Lyon-França, e desencarnou em Paris no dia 31 de Março de 1869, nasceu em familia católica, teve formação pedagógica e acadêmica, estudando em Yverdon na Suiça, tendo sido um dos maiores discípulos do afamado Prof. Pestalozzi.


Publicou diversos livros de cunho pedagógico, chegando a gerar uma certa revolução na educação francesa. Quando voltou da Suiça, em sua residência passou a ministrar cursos gratuitos de química, física, anatomia, astronomia entre outros. Em 6 de Fevereiro de 1832 casou com a Srta Amélie Gabrielle Boudet.
Em 1854 Rivail ouviu falar do fenômeno das mesas girantes, bastante falado na época, em conversa com um grande amigo seu o Sr Fortier, não conteve mais a curiosidade e em 1855 teve seu primeiro contato com essas manifestações inteligentes das mesas girantes que, até então, só servia de passa tempo e divertimento para a sociedade francesa. Com o tempo, Rivail, passou a ver que realmente aquela manifestação era realmente inteligente, pois respondiam através de toques e pancadas perguntas de variados assuntos.

Começou a se dedicar a este assunto, ou seja a existência e manifestação dos Espíritos, teve contato com médiuns dos mais variados lugares, com a mais variada forma de comunicação: Psicografias, psicofonias, incorporações, sonambolismos, animismo e contra fatos não há argumentos, passou então a crer piamente no Mundo Espiritual.

Em 18 de Abril de 1857, raiou para o mundo O LIVRO DOS ESPIRÍTOS, com perguntas e respostas sobre muitos assuntos e temas.complexos e sem respostas até então, realmente a obra mais racional e espiritual já existente, que tirava o véu dos mistérios. O Professor Rivail, adotou o nome de Allan Kardec que segundo um mentor espiritual tinha sido ele mesmo em sua última encarnação, um druída da Gália. Adotando este pseudônimo Kardec evitaria de confundir suas obras pedagógicas com a Codificação da Doutrina Espírita, um ato de pura humildade. Kardec ainda com a ajuda dos Espíritos escreveu outros temas: O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, em janeiro de 1861; O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864; O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, em agosto de 1865; A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, em janeiro de 1868; O que é o Espiritismo (resumo sob a forma de perguntas e respostas), em 1859;O Espiritismo em sua expressão mais simples, em 1862; Viagem Espírita de 1862 Revista Espírita (periódico de estudos psicológicos), publicada mensalmente de 1 de janeiro de 1858 a 1869;Obras Póstumas, em 1890. O principiante espírita; O Pensamento A Obsessão (pela editora O Clarim).

Kardec ainda fundou a Sociedade de Estudos Espíritas Parisense, ajudou a formar inúmeros outros Centros Espiritas pela Europa. Resumindo foi ele o escolhido por Deus e pelos Espíritos, para trazer ao nosso planeta as grandes verdades espirituais antes sufocadas, escondidas e mascaradas pelas religiões predominantes. Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores. É dele a máxima FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO como também esta grande frase célebre: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei".

O Espiritismo no Brasil acredita-se que iniciou-se em 1840 com os cultores da Homeopatia com o médico francês Bento Mure e o potuguês João Vicente Martins. Em 1844 o Marques de Márica publicou um livro com os primeiros ensinos espiritas para o Brasil. Em 17/09/1865 —Salvador, Bahia — é instalado o "Grupo Familiar do Espiritismo", o primeiro Centro Espirita do Brasil. Depois disso o Espiritismo teve vários avanços a FEB (Federação Espirita do Brasil) em 1884, centros sendo abertos em todos os estados e grandes nomes foram surgindo políticos, empresários, comerciantes, marqueses e pessoas comuns, entre eles, o Dr. Bezerra de Menezes e mais recentemente o nosso amado Chico Xavier que muitos creem ser a reencarnação de Allan Kardec.

Pois bem já falamos um pouco de Kardec e o espiritismo no mundo e no Brasil agora vamos para o tema Kardec e a Umbanda .

Por David Veronezi

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Kardec na Umbanda 2

 


Como nós sabemos, o marco de inicio da Umbanda no plano terrestre foi em 1908 pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, através de seu único Médium Zélio Fernadino de Moraes. E aonde aconteceu esta primeira manifestação? Sim meus caros, dentro da Federação Espirita do Rio de Janeiro em Niterói, é claro que por motivos como a proibição da manifestação de indios e pretos-velhos, o nosso amado Caboclo disse que uma nova Religião estava a nascer e se chamaria UMBANDA, a manifestação do Espirito para a caridade.
Iniciou-se em Neves também no Rio na casa do então jovem Zélio de Moraes, mas o que eu quero discorrer aqui é sobre Kardec e a Umbanda.
Em muitos de nossos Terreiros encontramos no Conga Sagrado um busto de Allan Kardec em alusão a importância dele para esses terreiros como também para toda nossa Umbanda. Mas infelizmente muitos autores Umbandistas andam escrevendo coisas que inferiorizam ou até anulam Allan Kardec no seio de Umbanda, Sacerdotes que nem se quer falam sobre Kardec como se ele fosse o inimigo da UMBANDA.

Temos que considerar que tudo aquilo que Kardec escreveu e vai aparentemente contra algumas coisas que temos na nossa Umbanda como: sacramentos, rituais, liturgias e etc; é porque era mais apropriado assim para a época e o que estava nascendo ali na França antes de ser uma nova "religião" era mais uma ciência e filosofia do que a religião propriamente dita, já que Kardec disse algumas vezes que o Espiritismo não era uma religião e sim filosofia e ciência e que continha um aspecto religioso. É interessante notar que este aspecto religioso ganhou mais forma e corpo aqui em terras brasileiras, já que nós brasileiros na minha singela opinião somos o povo mais espiritualizado da Terra.

Ou seja uma ciência e filosofia serve mais para isso: estudar, refutar, analisar e responder. Olhando por este lado fica mais fácil ver as coisas que Kardec escreveu que como já disse aparentemente refuta algumas práticas nossas e se acreditarmos que Chico Xavier foi mesmo Kardec encarnado, Chico no programa Pinga Fogo de 1971 nada refutou ou combateu a Umbanda pelo contrário.
Nós deveriamos ser gratos a Kardec por tudo que ele fez pela humanidade o aparelho que foi da espiritualidade para nos elucidar, esclarecer sobre vários pontos que antes éramos leigos e prisioneiros de dogmas puramente humanos e materialistas impostos por meia dúzia de clérigos. Kardec nos libertou da crença no inferno, na trindade católica, nas "santas indulgências", Adão e Eva, a crença errônia dos demonios e do diabo... e muitas outras.

Irei escrever agora alguns pontos doutrinarios trazidos a nós pela espiritualidade através do Mestre Allan Kardec.


  • Na existência e unicidade de Deus, desconstruindo o dogma da Santíssima Trindade;


  • Na existência e imortalidade do espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação Divina;

  • Na defesa da reencarnação como o mecanismo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;

  • No conceito de criação igualitária de todos os espíritos, "simples e ignorantes" em sua origem, e destinados invariavelmente à perfeição, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o livre-arbítrio;

  • Na possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos"), por meio da mediunidade;

  • Na Lei de Causa e Efeito, compreendida como mecanismo de retribuição ética universal a todos os espíritos, segundo a qual nossa condição é resultado de nossos atos passados;

  • Na pluralidade dos mundos habitados, a ideia de que a Terra não é o único planeta com vida inteligente no universo.
Além disso, podem-se citar como características secundárias:


  • A noção de continuidade da responsabilidade individual por toda a existência do Espírito;

  • Progressividade do Espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;

  • Volta do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição. Os espíritas não crêem na metempsicose.

  • Ausência total de hierarquia sacerdotal;

  • Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade nem o fazer visando a segundas intenções;

  • Uso de terminologia e conceitos próprios, como, por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita;
Incentivo ao respeito para com todas as religiões e opiniões, entre vários outros pontos.
Agora eu pergunto a você Umbandista, são familiares esses pontos doutrinários para você?
Pois bem eu sei que você também crê nestas coisas e surpresa foi através de Kardec que essas irrefutáveis verdades chegaram até nós e é brincadeira muitos ainda querem refutar Kardec dentro da Umbanda.
Por favor não caia neste erro, respeite, defenda Kardec, pois ele foi e é muito importante para nós, leia as suas obras, estude, pergunte para pessoas de mente aberta sobre ele e com certeza você passará a respeitar e amar Allan Kardec como eu e muitos Umbandistas conscientes. É claro nós não somos Kardecistas e sim UMBANDISTAS, mas dentro dos sincretismos existentes dentro da Umbanda como: o catolicismo popular, as religiões indígenas e o culto aos Orixás, também há o Kardecismo enraizado, o sincretismo teórico perfeito.
Tem alguns por aí querendo reinventar as teorias kardecistas, porquê não reinventam o culto aos Orixás, o catolicismo popular e a pajelança? Será que refutam Kardec porque tem medo ou preguiça de ler? Para finalizar eu na minha simples opinião digo: Allan Kaedec já nos deu o norte teórico dos assuntos complexos sobre o mundo espiritual, toda ciência e filosofia espiritualista já está ai desde 1857, não precisamos inventar modismos só para aparecer ou achar que somos superiores a Kardec.
E lembre-se não somos kardecistas e sim Umbandistas, temos que nos orgulhar de nossa religião.
Este texto foi apenas para defender e demonstrar a importância do Mestre Liones Allan Kaedec na Umbanda, no meu terreiro tem um busto de Kardec e no seu?

Saravá a Umbanda,Saravá todos Orixás,Saravá todos os Guias,Saravá ALLAN KARDEC.

Por david Veronezi




Intolerância Religiosa

Infelizmente mesmo estando em pleno século XXI temos que conviver com pessoas cheias de preconceito religioso. Nós, umbandistas, sofremos isso na pele diariamente.
A Umbanda é a religião mais desprovida de qualquer tipo de preconceito, mas é uma das que mais sofre com isso. Um tanto quanto incoerente, não?
Pois é, eu que sempre pensei que nunca me encontraria em religião alguma, descobri a Umbanda. Toda aquela simplicidade, alegria e a verdadeira prática da Caridade me conquistaram e hoje apesar do preconceito tenho muito orgulho em dizer: Sim, eu sou Umbandista.
Cheguei a sofrer preconceito dentro da minha casa, por parte dos meus pais, penso que eles tem até vergonha de dizer que a filha é Umbandista, a minha reação para tal é o amor crescente a eles e a minha religião querida a Umbanda Sagrada.
Lembro-me emocionada a primeira conversa com um Guia, a primeira entrada em um Terreiro foi o suficiente para que eu ficasse completamente fascinada, e hoje, o amor e o respeito pela Umbanda Sagrada aumentam a cada dia.
Durante essa conversa um detalhe chamou muito a minha atenção, em nenhum momento o Guia me disse para que eu "virasse" Umbandista, ele apenas dizia que era importante que eu encontrasse uma religião, qualquer que fosse, para que assim resgatasse a fé em Deus e pudesse melhorar meu contato consciente com esse Deus que estava sempre ao meu lado. Dizia que todas as religiões são importantes e todas tem o mesmo intuíto que é buscar Deus e nos deixar mais próximo Dele.
Isso me deixou um tanto quanto "intrigada", pois até então, em toda religião que eu conhecia era dito que eu precisava voltar, que aquele era o verdadeiro caminho para Deus, entre outras coisas.
Isso me leva ao seguinte questionamento.
Porque uma religião que só prega o bem e a prática da Caridade acima de todas as coisas sofre tanto preconceito?
Porque uma religião que aceita e respeita todas as religiões sofre tanto preconceito por parte delas?
Chego a seguinte conclusão:
Preconceito nada mais é do que um conceito pré-estabelecido de algo que não se conhece. Então entendo um pouco melhor, pois tenho certeza, de que se as pessoas conhecessem a verdadeira Umbanda no mínimo a respeitariam e provavelvemente a maioria se tornaria Umbandista de corpo, alma e coração. A Umbanda é fascinante e apaixonante, mas só descobrimos isso quando nos damos a oportunidade de conhece-la.
Então não julguem sem antes conhecer ou  mesmo pesquisar.
Não julgue para não ser julgado.

Axé a todos.

Manuela Porto

terça-feira, 20 de abril de 2010

Algumas respostas por Mãe Mônica Caraccio

VOCÊ SABE O QUE É CAMPO MEDIÚNICO?


O campo mediúnico pode também ser chamado de Campo Eletromagnético e não deve ser confundido com a aura. Ele é responsável pela captação de energias Etéricas e pela ligação com o Plano Espiritual. Sua sede está no chacra coronário derramando-se em torno do corpo numa distância de 30 a 60 cm dele. Nesse campo mediúnico estão as ligações com o plano espiritual e energias etéricas, que podem ser boas ou ruins dependendo da condição mental do Ser. Isso significa que se a pessoa estiver mentalmente positiva essa energia se refletirá em seu campo mediúnico que automaticamente atrairá para si espíritos de energia positiva, agora se ela estiver negativada atrairá espíritos negativos. Isso não é mistério, é lei! É a famosa LEI DA AFINIDADE, tão mal compreendida pelas pessoas. Todas as pessoas, independente de mediunidade, têm esse Campo Mediúnico que muitas vezes está sobrecarregado de energias etéricas negativas refletindo no mental.



VOCÊ SABE DIFERENCIAR UM ASSENTAMENTO DE UMA FIRMEZA?

ASSENTAMENTO é a Força do Orixá trazida para dentro do Terreiro e que deverá estar iluminada e ser alimentada constantemente tornando-se um Ponto de Força Divino captador e emissor de energias.

FIRMEZA é a emissão das irradiações do Guia ou do Orixá somente no momento em que se ilumina o ponto firmado. É aquela vela que acendemos com um propósito bem definido, como para imantar um objeto ou solicitar proteção durante algum trabalho.



VOCÊ SABE O QUE REPRESENTA O CHIFRE?

Representa a fertilidade, a vitalidade, a sabedoria e a ligação com as energias do Cosmo, é Símbolo de honra e respeito. Você sabia que muitos Deuses antigos como Cornífero, Baco, Pã, Dionísio e Quiron foram representados com chifres? Você sabia que quando o homem saía em busca de caça ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre sua cabeça com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os obstáculos e que, graças a ele, todo o clã seria nutrido e a partir disso ele era considerado o “Rei”? Você sabia que na Babilônia o grau de importância dos Deuses era medido em decorrência do número de chifres a Ele atribuído? Que Alexandre, o Grande, declarou-se Deus ao tomar o trono do Egito onde encomendou uma pintura sua ornada de chifres? E mais, você sabia que até Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos? Como se pode perceber os chifres, desde tempos imemoráveis, são considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e sabedoria.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Desabafo

Sabe quando vem aquele desânimo, tristeza ou quando simplesmente achamos que nada vai dar certo? Aqueles momentos de incerteza, frustração e até mesmo de desespero. Momentos que nos tiram a paz ou roubam o nosso sorriso, alguns de nós preferem se isolar, fugir de tudo e de todos, outros se refugiam em coisas externas como bebidas, drogas, sexo, comida etc e etc. Outros ainda se sentem no direito de colocar toda a culpa em Deus, enfim cada um reage a esses momentos "infelizes"ou "desagradáveis" como bem entender.

Agora eu pergunto será que nós Umbandistas agimos certo reagindo escolhendo alguma das opções citadas acima? Bom, mas não somos de ferro,certo?  Não temos a paciência de Jó, certo? Não somos perfeitos,certo? Certo, certo, certo. Tudo bem,devo concordar com todas essas racionalizações, mas nós Umbandistas, não somos filhos de qualquer um, certo? Oxalá é meu Pai. Somos gerados e nutridos no amor de Deus e dos Orixás, chamados e escolhidos para sermos representantes do reino de Oxalá na Terra.
Cada um de nós tem um Pai e uma Mãe de cabeça que nos rege, guia e protege 24 horas por dia desde quando viemos encarnar neste Planeta. Temos guias espirituais explêndidos, ao nosso lado, sempre prontos a nos mostrar o melhor caminho a seguir, NÓS,sim NÓS UMBANDISTAS, temos o privilégio de ouvir o estalar dos dedos de um Caboclo quando estar a nos dar um passe, de ouvir os conselhos sábios e tomar um cafézinho com nossos pretos velhos, brincar e se lambuzar de chocolate e refrigerante no chão com os benditos Erês, NÓS podemos dançar e rir da risada dos baianos, do jeito incrível dos marinheiros, NÓS temos a presença constante de Exus e Pombagiras nos auxiliando, quebrando demanda e fazendo-nos sentir parte de algo tão grande e lindo como a NOSSA UMBANDA.
Temos Pais e Mães de fé, irmãos de fé um Terreiro inteirinho para fazer caridade, amparar os que mais precisam, nossa QUANTA COISA.

Então se eu estava triste, desanimado, achando que nada iria dar certo, cheio de incertezas, frustrações e desespero, é bom eu me levantar daqui, vou ali acender uma vela, hoje é dia das almas e de Exu também, vou agradecer por ser UMBANDISTA, por ter mais razões para sorrir do para chorar, eu sei que há males que vem para o bem e eu também sei que não há dor que dure para sempre e o principal não estou mais sozinho.

Obrigado Olorun, Obrigado Oxalá, Oxóssi, Oxum, Iemanjá, Ogum, Xangô, Iansã, Valei-me Ogum 7 Espadas, SARAVÁ todos os Guias que trabalham na Lei de Umbanda, HOJE EU VOU agradecer, rir, amar e ser amado, ajudar, rezar, vou a um terreiro bater cabeça, enxugar as lágrimas e deixarei de dizer "DEUS olha o tamanho do meu problema" e direi "Problema olha o tamanho do meu DEUS"

Carinhosamente David Veronezi.

Axé e Luz.

Oração ao caboclo Sete Flechas

Salve Zambi, Pai e Criador de todo o Universo! Salve Oxóssi, Rei da Mata e chefe de todos os Caboclos! Salve Seu Sete Flechas e sua falange guerreira!

Sete Flechas, baixai sobre nós um jato da vossa divina luz, iluminando os nossos espíritos para que possamos entrar em comunicação com esta centelha de luz divina que emana das vossas sagradas flechas, defendendo e amparando-nos neste mundo terreno. Salve as sete flechas que vos foi dada, espiritualmente, para defender-nos de todas as provas que não nos vem de Zambi.

Bendito seja Oxóssi que vos o colocou sobre o vosso braço direito a flecha da saúde para que derrame sobre nós os bálsamos curadores; bendito seja Ogum, que colocou sobre vosso braço esquerdo a flecha da defesa para que sejamos defendidos de todas as maldades materiais e espirituais; bendito seja Xangô que vos cruzou uma flecha em vosso peito para defender-nos das injustiças da humanidade; bendita seja a grande Mãe Yemanjá que colocou uma flecha em vossas costas para defender-nos das traições de nossos inimigos.
Bendito seja Oxalá que vos colocou uma flecha sobre vossa perna direita para cobrir os nossos caminhos materiais e a senda da espiritualidade, bendita seja as Santas Almas que vos botou uma flecha sobre vossa perna esquerda, para lavar os nossos caminhos, iluminando os nossos espíritos e defendendo-nos de todas as forças contrárias à vontade de Deus. Bendito seja os Ibejis que entregaram em vossas sagradas mãos a flecha do astral superior, para dar à humanidade a divina força da fé e da verdade.

Zambi foi quem ordenou, os Orixás as flechas vos entregou. Com as forças das sete flechas, Seu Sete Flechas me abençoou.

Okê Caboclo
Saravá Seu Flechas

PRECE DE CÁRITAS

                                                     PRECE DE CÁRITAS
Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!



Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.



Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!



Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé.



Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.



E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.



Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.



Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, afim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.



Assim Seja.



A prece, denominada De Cáritas, tem sido querida e contritamente orada por várias gerações de espíritas.



CÁRITAS era um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época - Mme. W. Krell - em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia (que se constitui no ácido da psicografia), da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.



A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas, de quem são, ainda, as comunicações: "Como servir a religião espiritual"e "A esmola espiritual".



Todas as mensagens que Mme. W. Krell psicografada em transe, e, que chegaram até n;os, encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875 em Bordeaux, inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de Cáritas.



(Extraído publ. EDICEL)

O homem de bem

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.



Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.


Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.


Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.


Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.


O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.


Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.


Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.


É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."


Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.


Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.


Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.


Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.


Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.


Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.


O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9.)


Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.


Evangelho Segundo o Espiritismo - Kardec - Cap.XVII

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Papo com Seu Zé Pilintra


Em uma certa feita, um consulente chegou para se consultar com nosso amado Zé Pilintra.
Ele começou chorar as mágoas, dificuldades que estava enfrentando, muito abatido por sinal.
Seu Zé depois de ouvir pacientemente o irmão começou a lhe explicar:
O meu filho sabe que todos nós enfrentamos dificuldades e tristezas, assim é a vida. Muitas dificuldades que nós passamos o culpado somos nós, fazendo tudo do nosso jeito à torto e à direita, sem dar ouvido as sugestões de nossos guias, nem mesmo querendo saber da vontade de Deus. Depois que fazemos escolhas erradas, ainda queremos culpar tudo e todos. Esqueceu que temos o livre arbítrio?
O nosso orgulho e egoísmo são terríveis.
Outro problema é a nossa inconstância, nunca terminamos o que começamos, sempre deixando pela metade, falta-nos coragem.
Começe a colocar pequenas metas na vida como por exemplo pintar um quadro em 7 dias, mas termine. Pequenas tarefas que tenham começo e fim e assim depois de se exercitar com essas pequenas coisas será capaz de começar e terminar grandes coisas.
À respeito do seu sofrimento, eu sinto também, queria muito tomar a sua dor para mim filho, mudar a sua vida por completo em todos os sentidos, mas não posso você tem seu livre arbítrio, seu carma e eu não sou maior que a LEI MAIOR do Criador.
Queria chorar as suas lágrimas, pisar nos espinhos que pisa antes de você, quando estas a se afundar no mar da vida queria me afogar no seu lugar, que o fogo que te queima me queimasse antes, tamanho o amor que eu tenho por vocês todos.
Amo porque Deus me ensinou a amar,mas não posso intervir na lei Divina.
Porém prometo estar sempre ao seu lado, acodindo, protegendo, amparando e enviando bons pensamentos para que por mérito próprio cresca e vença.
Depois disso de emocionar a todos que estavam presentes, chegou a hora de ele ir embora, mas não sem antes elogiar as mulheres e até convidá-las para dar uma voltinha com ele e ela inclusive aceitou, porém ele disse que para isso ela deveria desencarnar e ela por sua vez logo mudou de idéia.

Saravá Seu Zé Pilintra, Salve suas Forças.

Axé e Luz.