terça-feira, 25 de maio de 2010

Os perigos e conseqüências da mediunidade mal orientada.

A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.




Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.



E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.





Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.



Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.



A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.



Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.



É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.



Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.



Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.



Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.



Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.



Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.



As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.



Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequencias do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.



O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.



Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.



Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.



São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.



A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver” Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.



A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.



No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.



Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.



Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.



Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.



Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.



Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar,mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.



Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.



A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.



Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.



Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.



É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.



Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura,principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.



Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.



Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.



A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.



A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.



É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.



Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.



O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.



A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.



Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.



Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande



Pai Oxalá.







*Por Jorge Menezes*

A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Quem se detém a estudar às obras espíritas, sejam Kardecistas ou umbandistas, conclui que a totalidade dos autores afirma, categoricamente, que os médiuns completamente inconscientes são casos raros, raríssimos, sendo que muitos defendem a mediunidade consciente como perfeitamente cabível nos trabalhos de Umbanda e outros (como Matta e Silva, por exemplo), não admitem o médium consciente total, exigindo, para uma incorporação autêntica, a semi-inconsciência, onde o aparelho fica como que aturdido e sem forças para intervir naquilo que a Entidade está querendo dizer.




O fato é que este ponto é um problema muito delicado para a prática da mediunidade, pois, só com muita experiência, conseguimos fazer com que o nosso psiquismo não interfira no trabalho dos guias e protetores, principalmente quando o médium está lidando com pessoas de suas relações mais chegadas, ou com parentes seus. Tirar a cabeça do médium dos trabalhos do Guia é, justamente, uma das coisas mais difíceis de se conseguir, quando se é novato, pois sempre acarreta dúvidas e preocupações, mormente naqueles que receiam o fantasma da mistificação.



O mais engraçado é que pouquíssimos têm a coragem e a decência de se confessarem conscientes ou, pelo menos, semi-inconscientes querendo todos passar por médiuns mecânicos ou inconscientes totais, o que a meu ver, já é uma prova de deslealdade incompatível com o verdadeiro sacerdócio da missão mediúnica, na sua acepção mais profunda. Eu mesmo, quando comecei na Umbanda, mantive a idéia, plenamente enraizada, de que mediunidade era sinônimo de “inconsciência” na hora do transe mediúnico.



Quando comecei a sentir as primeiras vibrações de aproximação das Entidades, entrei em verdadeiro ESTADO DE PÂNICO, simplesmente porque, comigo, não estava acontecendo, aquilo que todos em minha volta afirmavam: que eram médiuns inconscientes.



Mas não há mal que não traga um bem. Comecei a desconfiar que TODOS não fossem tão inconscientes assim, quando, em mim, a consciência estava bem presente e firme.



Só havia um recurso: estudar o assunto.



Foi o que fiz, com vagar, com persistência e paciência.



Hoje, com uma apreciável bibliografia à minha disposição, posso afirmar COM AUTORIDADE, “que todos aqueles que se diziam “inconscientes totais” estavam “mentindo”, não sei com que intuito. A mediunidade mecânica, inconsciente, em que o aparelho ficam como se estivesse em sono profundo é extremamente raro no mundo inteiro, contando-se nos dedos aqueles que, verdadeiramente, o são.



Na verdade, o que se passa no chamado “desenvolvimento” (palavra inadequada) é que as Entidades “tomam o médium” em três fases distintas, a saber:



1º) – Domínio das faculdades sensoriais;



2º) – Domínio das faculdades motoras;



3º) - Domínio das faculdades psíquicas.



As primeiras manifestações são sensoriais, isto é, o médium começa sentindo “algo de estranho”, mãos geladas, braços e pernas dormentes, frio na espinha, na cabeça, na boca do estômago, etc. É a atuação das Entidades sobre os plexos nervosos, como primeiro sinal de sua aproximação.



Em seguida, as Entidades passam a dominar as “faculdades motoras” e o médium sente impossibilidade de desfazer certos gestos e atitudes que ele tomou SEM SABER PORQUE, mas que não “tem forças” para impedir. Quando um Caboclo DE VERDADE prende o braço esquerdo do médium nas suas costas, imóvel, horas e horas, ou quando um preto velho verga as pernas do médium, este não sabe porque, mas obedece, embora esteja “consciente” de que está fazendo aquele gesto ou tomando aquela atitude.



São as suas faculdades motoras que, secundando as manifestações sensoriais estão sendo “tomadas” CADA VEZ MAIS PELA Entidade, à medida que o seu organismo se prepara para a missão mediúnica.



A última faculdade a se entregar ao domínio dos Guias e protetores é, justamente, o psiquismo do médium, a sua consciência, a sua “guarda” para tudo de estranho que está acontecendo com ele. Quanto mais culto o aparelho, maior a sua resistência a entrega do seu psiquismo `atuação das Entidades de incorporação.



Em primeiro lugar, vem o natural e louvável auto-policiamento do médium que, quanto mais bem intencionado estiver, mais receoso ficará de estar sendo tomado por sugestões neuro-anímicas motivadas pelo ambiente dos terreiros. Quanto mais ele se auto-policia, mais o seu psiquismo interfere, fazendo com que a Entidade que se aproxima só consiga tomar 20% ou 30% da sua vontade. É por isso que todo médium, seja qual for, começa muito anímico, com 10%, 20% ou 30% de incorporação ,e conseqüentemente, com 90%, 80% ou 70% de interferência do seu próprio “eu” nos trabalhos do Guia. Só com o tempo (muito tempo), à medida que o médium vai tomando ciência do “sucesso” dos trabalhos do seu Guia, é que as suas resistências psíquicas vão se quebrando e ele começa, então, a progredir na escala de incorporação, muito temo ainda, com 40% ou 50% do seu psiquismo "Fora do ar"” Os grandes estudiosos do assunto consideram 50% uma "boa incorporação”, o que nos leva a concluir que a coisa é muito ‘seria mesmo. De 50% para cima o médium vai se apagando numa espécie de “aturdimento” crescente com a porcentagem de incorporação conseguida, isto é, de domínio da Entidade sobre o seu psiquismo. Os grandes médiuns, que trabalham com ótimos Guias e dão boa passividade, ficam na faixa dos 70%, chegando, às vezes, aos 80%. Jamais passam de 80%.



Muita Paz.



Fátima Damas

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Fumo e a bebida na Umbanda

O FUMO



O segredo e a utilização, desses elementos por parte de nossas entidades, o modo como a fumaça é dirigida (magia) tem o seu eró (segredo) e não é como muitos utilizam, para alimentar a vaidade, o vício e a ignorância.

O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada em nossa religião. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e o aroma.

Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.

O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos utilizando sua magia em benefício daqueles que os procuram com fé.

Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem fumos leves, para a fabricação de cigarros.

No fabrico dos charutos, as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas de 15 a 20 folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração.

Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia, Virgínia, Sumatra e Havana.

Nos trabalhos umbandistas a cigarrilha de odor especial é muito utilizada pelas Pombogiras e Caboclas.

Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com negócios financeiros.

Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exus, enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos.

Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os elementos com a sua própria força espiritual, transformando o tradicional "pito" em um eficiente desagregador de energias negativas. Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas executados pelas entidades. A queima do tabaco não traz nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras dos consulentes.

Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, "na fumaça está o segredo dos trabalhos da Umbanda".

Geralmente os Guias não tragam a fumaça, utilizando-a apenas para “defumar” o ambiente e as pessoas através das baforadas, apenas enchem a boca com a fumaça e a expelem sobre o consulente ou para o ar.

A função principal é a de defumar aqueles que chegam até a entidade. Algumas entidades deixam de lado o fumo se a casa for defumada e mantiver sempre aceso algum defumador durante os trabalhos.

BEBIDAS


O álcool, tem emprego sério na Umbanda. Quando tomado aos goles, em pequenas quantidades, proporciona uma excitação cerebral ao médium, liberando-lhe grande quantidade de substâncias ativadoras cerebrais, acumulada como reserva nos plexos nervosos (entrelaçamento de muitas ramificações de nervos), a qual é aproveitada pelos guias, para poderem trabalhar no plano material.

Deste modo, quando o médium ingere pequena quantidade da bebida, suas idéias e pensamentos, brotam com mais e maior intensidade. É também uma forma em que a entidade se aproveita este momento para ter maior "liberdade de ação".

Os exus são os que mais fazem uso da bebida. Isto se ao fato de, estas linhas utilizarem muito de energias etéricas, extraidas de matéria (alimentos, álcool, etc.), para manipulação de suas magias, para servirem como "combustível" ou "alimento", encontrando então, uma grande fonte desta energia na bebida.

Estas linhas estão mais próximas às vibrações da Terra (faixas vibratórias), onde ainda necessitam destas energias, retiradas da matéria, para poderem realizar seus trabalhos e magias!

O marafo também é usado para limpar/descarregar pontos de pemba ou pólvora usados em descarregos.

O álcool por sua volatibilidade tem ligação com o ar e pode ser usado para retirar energias negativas do médium.

Já o alcool consumido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em quantidade reduzida no organismo.

O perigo nestes casos é o animismo, ou seja, o Médium consumir a bebida em grandes quantidades por conta própria e não na quantidade que o Guia acha apropriada. Nestes casos, pode ser que o Guia vá embora e deixe o médium sob os efeitos da bebida que consumiu sem necessidade.


O FUMO E A BEBIDA SÃO INDISPENSÁVEIS?


Podemos sim não utilizar fumo e bebidas. Estes elementos são ferramentas dos Guias para os trabalhos, que podem não ser utilizadas. Haverá uma diminuição da eficiência e rapidez do trabalho, mas ele será realizado também, mais devagar e de forma mais trabalhosa. Será como utilizar apenas as mãos para um determinado trabalho, possível, mas mais trabalhoso. É uma opção do médium, caso o médium não possa ou não queira fumar e beber, o Guia irá respeitar sua decisão.

Pode neste caso solicitar apenas que sejam feitas oferendas com estes elementos, ou que um copo com sua bebida seja deixado próximo a ele quando esiver trabalhando incorporado.

 
Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Um papo com o Sr Zé Pilintra

Papo com Seu Zé Pilintra



Em uma certa feita, um consulente chegou para se consultar com nosso amado Zé Pilintra.

Ele começou chorar as mágoas, dificuldades que estava enfrentando, muito abatido por sinal.

Seu Zé depois de ouvir pacientemente o irmão começou a lhe explicar:

O meu filho sabe que todos nós enfrentamos dificuldades e tristezas, assim é a vida. Muitas dificuldades que nós passamos o culpado somos nós, fazendo tudo do nosso jeito à torto e à direita, sem dar ouvido as sugestões de nossos guias, nem mesmo querendo saber da vontade de Deus. Depois que fazemos escolhas erradas, ainda queremos culpar tudo e todos. Esqueceu que temos o livre arbítrio?

O nosso orgulho e egoísmo são terríveis.

Outro problema é a nossa inconstância, nunca terminamos o que começamos, sempre deixando pela metade, falta-nos coragem.

Começe a colocar pequenas metas na vida como por exemplo pintar um quadro em 7 dias, mas termine. Pequenas tarefas que tenham começo e fim e assim depois de se exercitar com essas pequenas coisas será capaz de começar e terminar grandes coisas.

À respeito do seu sofrimento, eu sinto também, queria muito tomar a sua dor para mim filho, mudar a sua vida por completo em todos os sentidos, mas não posso você tem seu livre arbítrio, seu carma e eu não sou maior que a LEI MAIOR do Criador.

Queria chorar as suas lágrimas, pisar nos espinhos que pisa antes de você, quando estas a se afundar no mar da vida queria me afogar no seu lugar, que o fogo que te queima me queimasse antes, tamanho o amor que eu tenho por vocês todos.

Amo porque Deus me ensinou a amar,mas não posso intervir na lei Divina.

Porém prometo estar sempre ao seu lado, acodindo, protegendo, amparando e enviando bons pensamentos para que por mérito próprio cresca e vença.

Depois disso de emocionar a todos que estavam presentes, chegou a hora de ele ir embora, mas não sem antes elogiar as mulheres e até convidá-las para dar uma voltinha com ele e ela inclusive aceitou, porém ele disse que para isso ela deveria desencarnar e ela por sua vez logo mudou de idéia.



Saravá Seu Zé Pilintra, Salve suas Forças

terça-feira, 11 de maio de 2010

Um filho de fé

Numa praia deserta caminhava um filho de fé...
Atormentado por suas mágoas e provações, buscava por um alento um consolo.
Buscava forças e um sinal de esperança, para poder continuar lutando....
Olhava fixamente para as águas do mar, as ondas se quebrando, vindo do horizonte aos seus pés se esparramar.. .
Uma lágrima entristecida, cobriu-lhe a face, seu coração apunhalado pelas intrigas e maldades dos seu irmãos, já se tornava insuportável. ...
"Então"...
Quando percebeu, já estava distante, foi quando notou que já estava entardecendo. ..
O vento soprou em seu rosto e veio a sua intuição..
A Senhora dos Ventos, Mãe Iansã, e a saudou com alegria e sentiu suas magoas serem levadas pelo vento,  paz começou a renascer...
Olhou para o poente e viu no céu as nuvens avermelhadas, então com grande força saudou o Senhor das Demandas, seu Pai Ogum, e aos poucos o peso que lhe afligia se quebrava, e continuou caminhando.. .
Observou na beira das águas, peixinhos dourados a cintilar, foi então que seu coração se encheu de doçura e saudou Mamãe Oxum, que o abençoava com seu sagrado e divino manto...
Aos poucos, leves gotas de chuva tocaram a sua pele e a paz de espírito e o amparo que sentiu o fez lembrar-se de Nanã Buruque, que com sua lama sagrada, aliviou por completo suas dores causadas pelos tormentos materiais e espirituais, e a saudou com grande festividade. ..
Perdido em seus pensamentos o filho de fé, caminhava fascinado, quando de repente a brisa tocou seus cabelos e junto com elas trouxe folhas distantes, sem hesitar saudou Pai Oxossi, e pediu em sua mente que aquelas folhas lhe purificassem e o livrassem de todos os sentimentos impuros.
Sua concentração foi interrompida ao ver um raio iluminar o céu, e ouviu um alto estrondo que lhe encheu o peito de coragem.
"Kaô Kabecilê", e sentiu a mão forte do seu pai Xangô, então confiante, não mais sofria pelas injustiças,pois seu pai lhe protegia...
Então admirado, sentou-se a beira mar, olhou para o céu e viu uma constelação, e lembrou-se das almas benditas e dos adoráveis pretos velhos, e sem se esquecer do bondoso Pai Obaluaê, que aos poucos com seu fluido curava as chagas do seu corpo e espírito...
Fixou o olhar no céu, e nas nuvens brancas a rodear as estrelas e uma delas brilhava e cintilava,
como se fosse o centro do Universo, então humildemente, nosso irmão de fé agradeceu a Pai Oxalá por ter lhe dado o Dom da Mediunidade e poder levar alento e paz aos irmãos necessitados. ..
Então um perfume exalava de dentro do mar, eram rosas perfumadas que chegavam até ao seus pés, e foi ai que avistou Mãe Iemanjá, seu coração não se continha de tanta alegria, sua mãe o amparava e o confortava, e veio a sua mente.......

"A elevação do filho de fé....

Não está na força ou sabedoria, mas sim em seu coração...
Porque ele pode saber pouco ou não ter força alguma.
Mas sente a essência e o fundamento da verdadeira Umbanda...
Paz, Amor e Caridade!!!"

(autor desconhecido por nós)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Doutrina Umbandista

Fácil é ser Umbandista dentro do terreiro, mas o difícil é sermos Umbandistas o tempo inteiro.


Praticar a caridade, o amor com o próximo quando estamos na gira é muito bom e relativamente fácil, mas a doutrina Umbandista é para ser levada a todo o momento e praticada em todas as áreas de nossas vidas.

Lembrando que para se praticar a caridade não é necessário a "incorporação", não só podemos como devemos ajudar aos outros com as nossas ferramentas básicas, como: uma conversa, um gesto e até mesmo um abraço. Essas são formas simples, mas extremamente eficazes de ajuda.

Temos que mostrar, principalmente fora do terreiro, que somos caridosos, amorosos e pregamos a paz. Essa admirável doutrina implica em melhoramento moral e reforma íntima. A Umbanda nos mostra que temos que dar para poder receber, ajudar sem esperar nada em troca e sim pelo puro prazer da prática da caridade.

De que adianta sermos ótimos mediuns e ajudarmos os outros nos dias de gira se no nosso dia à dia não respeitarmos nossos semelhantes, não os tratarmos com amor e não ajudarmos aqueles que estão mais próximos de nós e necessitando dessa ajuda?

Temos que absorver essa doutrina para o nosso cotidiano, isso sim é ser o verdadeiro Umbandista.

Temos que parar de justificar nossos erros - errar é humano - sim, errar é de fato humano, mas temos que aprender a valorizar nossos acertos e buscar uma melhora de conduta sempre.

Devemos eliminar de nossos corações sentimentos como: inveja, raiva, angústia, enfim todos eles só nos trazem dor e sofrimento e tendem a nos deixar pra baixo.

Temos que nos policiar quando sentimos algo do tipo ou quando destratamos alguém e é nessa hora que vale lembrar: Eu sou Umbandista e não é esse tipo de comportamento que a minha religião ensina.

Devemos ter respeito e orgulho de nossa religião, pois é através dela que descobrimos que o real valor da vida está em sermos bons com os outros e com nós mesmos.

Esse é apenas um desabafo de quem vem tentando aplicar a doutrina Umbandista em seu dia à dia, na certeza de que com isso a vida só tende a melhorar.


Muito axé a todos.

Manuela Porto

segunda-feira, 3 de maio de 2010

CENSO 2010. EU SOU UMBANDISTA

  O Censo 2010 vem aí, as pesquisas terão início em agosto e para quem não sabe o censo demográfico é uma pesquisa em grande escala cujo objetivo é captar a maior quantidade possível de informação sobre determinada sociedade, região e setor econômico. Teve sua origem na China, no ano 2238, o primeiro dado estatístico ocorreu a partir das ordens do imperador chinês Yao, para o estudo da população e lavouras do país naqueles tempos. A palavra censo é proveniente do latim “census”.
  O primeiro regulamento censitário em nosso país surgiu em 1846; a partir de 1870, passou a vigorar em todo território nacional. A partir de 1930, com a criação do IBGE no fim da década, o censo passou a ter um caráter mais dinâmico e preciso.
  E uma das perguntas, dentro do censo é: Qual a sua religião?
  No último censo o resultado foi que no Brasil existem cerca de 400 mil umbandistas.Você acredita na exatidão desse numero? Eu não, é notório que somos em maior número do que meros 400 mil, então porquê deu-se este numero na pesquisa? O que eu penso? Bom, pode parecer forte o que vou escrever, mas é o que penso e está bem próximo da razão.
  Por causa da vergonha e comodismo. VERGONHA em dizer que somos umbandistas?? Parece até piada aos ouvidos dos umbandistas mais ferrenhos, mas é verdade. Vergonha de serem considerados ''macumbeiros'',  ''povinho sem cultura'',  ''filhos do diabo''.
Ou então comodismo, as vezes é mais fácil dizer''Eu sou espírita'' é a mesma coisa mesmo'', ou sou católico, espiritualista, tenho um lado espiritual independente de religião. Ai meu DEUS quanta desculpa para não dizer logo SOU UMBANDISTA, FILHO DE SANTO, FILHO DO AXÉ, FILHO DO ORIXÁ, FILHO DE PEMBA, FILHO DE FÉ, FILHO DE UMBANDA...
  É meus caros a vergonha e o comodismo estão custando caro para nossa Umbanda Sagrada. Somos muitos, mas a nossa vergonha e comodismo nos fazem parecer poucos. Neste ano por favor ''filhos de Umbanda'', não vamos cair neste erro de novo, digam em alto e bom som, encham a boca ao dizer: SIM,EU SOU UMBANDISTA.
  Vamos parar com este autopreconceito, vamos ter vergonha de sermos eleitos para compor esta mesa sagrada, donde está exposto este banquete sublime cheio de magia e amor? Vergonha de sabermos que jamais estamos sozinhos pois os nossos guias sempre estão a nos acompanhar? Vergonha de que os outros saibam que nós amamos nos sentar de frente com um Preto Velho e ouvir seus conselhos? Vergonha de carregar no peito o ORIXÁ? Vergonha de fazermos parte da religião mais linda e desprovida de preconceitos que eu conheço? Vergonha de ser UMBANDISTA?
  Ora, temos é que ter orgulho, porque muitos são chamados e poucos são os escolhidos e nós fomos escolhidos por Jesus para sermos UMBANDISTAS. E o mesmo Jesus disse: ''Aquele que me negar diante dos homens eu os negarei diante dos anjos e de DEUS''.  Jesus disse também: ''Subi nos telhados e anunciai as boas novas''.
  Vamos filhos de pemba, vamos UMBANDISTAS anunciar o Reino de Oxalá, diga para todos quando lhe perguntarem qual a sua religião: Sou Umbandista graças a DEUS. Por isso neste Censo 2010 nos 4 cantos do Brasil uma só voz, uma só fé, uma só verdade a dizer com AMOR E CARIDADE:  EU SOU UMBANDISTA.

  Axé e luz a todos com o conhecimento de Oxóssi e o amor de Oxum.

                  DAVID VERONEZI