Hino da Umbanda
Refletiu a Luz
Divina
Com todo seu
esplendor
É do reino de
Oxalá
Onde há paz e
amor
Luz que refletiu
na terra
Luz que refletiu
no mar
Luz que veio de
Aruanda
Para tudo
iluminar
A Umbanda é paz
e amor
É um mundo cheio
de Luz
É a força que
nos dá vida
E à grandeza nos
conduz.
Avante, filhos
de fé
Como a nossa lei
não há
Levando ao mundo
inteiro
A bandeira de
Oxalá.
O Hino da
Umbanda, cantado em quase todas as casas (no início ou no final das giras, bem
como em ocasiões especiais), foi composto por José Manuel Alves, o qual, em
1960, procurou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, em Niterói, vindo de São
Paulo, desejoso de ser curado da cegueira, o que não aconteceu, em virtude de
compromissos cármicos de José Manuel.
Tempos depois,
José Manuel tornou a procurar o Caboclo das Sete Encruzilhadas e lhe apresentou
uma canção em homenagem à Umbanda, tomada pelo Caboclo como Hino da Umbanda. Em
1961 o Hino foi oficializado no 2º. Congresso de Umbanda.
O Hino sintetiza
as características gerais da Umbanda, bem como sua missão. A Umbanda vem do
plano espiritual para iluminar e acolher, vem na linha de Oxalá, sob as bênçãos
do Mestre Jesus, para fortalecer a todos e auxiliar a cada um a desenvolver o
Cristo interno.
No acolhimento
que faz a encarnados e desencarnados, a Umbanda convida a todos a encontrar a
paz individual e coletiva. O exercício do amor em todos os níveis, a verdadeira
caridade que não se reduz apenas ao assistencialismo, vibra em consonância com
os ensinamentos do Mestre Jesus.
A mensagem de
Umbanda estende-se pela terra e pelo mar, abençoada e orientada pelos Orixás.
Trilha espiritual e religião ecológica, valoriza a magia e o poder dos
elementos em favor do equilíbrio e da evolução de cada um e do planeta.
A luz (fogo) vem de Aruanda (ar, dimensões),
reflete na terra, no mar (água), disponibiliza-se a todos: a mesma luz que
brilha em Aruanda (plano espiritual elevado), brilha também, guardadas as
proporções e adequações a cada plano e a cada indivíduo, para todo espírito,
encarnado ou desencarnado.
Dentre as
práticas da Umbanda não está o proselitismo. Por isso as portas dos templos
estão sempre abertas a todos, sem distinção. Há quem prefira participar de
algumas giras, receber conselhos, sugestões, Axé e voltar agradecido para sua
casa, sua religião, suas práticas espirituais.
A lei da Umbanda é o amor/a caridade e, de
fato, como essa lei (evidentemente, não exclusiva à Umbanda), não existe outra.
Nesse sentido, levar ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá significa
compartilhar no cotidiano, nas mais diversas circunstâncias, o amor e a paz,
não forçar alguém/o mundo à conversão ou ao comparecimento a giras (o que,
aliás, nenhum umbandista consciente faz), nem tentar impor "a minha"
Umbanda como "verdadeira". A graça da Umbanda está na diversidade. Se
conjugo "a minha" Umbanda à "sua", à "dele", à
"dela", juntos, teremos UmBanda.
Que a bandeira
de Oxalá cubra a todos nós, auxiliando a cada um a cultivar o Cristo interno!
Que o Hino da Umbanda vibre sempre em nossos corações!
Deixa a gira
girar!
Dermes
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