A UMBANDA É MONOTEÍSTA
MONOTEÍSMO: Sistema que admite a existência de um Deus único
MONOTEÍSTA: Que adora um só Deus.
Já
vem de alguns milhares de anos uma discussão sem fim, usada pelos
seguidores do filo religioso judaico-cristão-islamita para convencer a
humanidade de que, religiosamente são os únicos adoradores do Deus único
e verdadeiro. E que os seguidores das outras religiões são adoradores
de deuses “pagãos”, de “demônios”, de “falsos deuses” de “ídolos de
pedras”, etc.
As assacadas pejorativas são tantas que não vamos perder tempo com elas, e sim, comentaremos o monoteísmo umbandista.
O
fato é que, em se tratando de religião, a “disputa” pela primazia é
acirrada e a “concorrência” é desleal e antiética porque cada uma se
apresenta como a verdadeira religião e atribui às outras a condição de
“falsas religiões”, enganadoras da boa fé, etc.
Já
demonstramos em outras ocasiões que as religiões não são fundadas por
Deus e sim por homens, certo? Portanto, todas são discutíveis ou
questionáveis pelos seguidores de uma contra as outras.
Esse
embate sempre existiu e tem servido para os mais diversos fins, entre
eles, o de dominar a mente e a consciência do maior número de pessoas
possível; de expansão do poder político; de expansão econômica;
territorial, militar, etc.
Fato
esse, que tem levado pessoas tidas como religiosas ou “santas” a
induzirem seus seguidores no sentido de cometerem terríveis
atrocidades e genocídios. Isto é História com H maiúsculo mesmo! Essa
realidade tem levado muitas pessoas observadoras desses
acontecimentos a optarem pelo ateísmo ou pela abstinência religiosa.
Cientes
de que os “interesses pessoais” muitas vezes sobrepõe-se sobre a
religiosidade das pessoas, não devemos influenciar-nos pelo que os
seguidores de outras religiões dizem sobre a nossa e devemos relegar
suas críticas, calúnias e difamações à vala comum dos desequilibrados no
sentido da fé, pois o mesmo Deus que nos criou também criou os vermes,
os fungos e as bactérias decompositoras que devoram o corpo dos que
desencarnam, sejam eles seguidores de uma ou outra religião ou sejam
ateístas.
Deus
está acima das picuinhas entre seguidores das muitas religiões e nós
temos que discernir o Deus verdadeiro dos que dele se apossam e
passam a usá-lo em beneficio próprio e com o propósito de enfraquecer
as religiões e as religiosidades alheias.
Esses
procedimentos mesquinhos são típicos dos seres desequilibrados no
sentido da fé e não devemos dar-lhes ouvido, e muito menos atenção.
Devemos
sim é demonstrar que estão errados, assim como que pouco sabem sobre
Deus e não estão aptos a discuti-lo ou questionarem a fé a
religiosidade alheias.
Quem, em sã consciência, pode afirmar como é Deus?
Quem, racionalmente consciente, poderia afirmar que viu Deus?
Cremos que ninguém pode afirmar com convicção como Ele é, e que já o viu; ou mesmo que já tenha falado diretamente com Ele.
Mas,
se isso é impossível porque Ele não tem forma, é invisível aos nossos
olhos carnais e é inefável, é a nossa Fé que nos coloca em comunhão com
Ele e dele recebemos seus eflúvios divinos que nos alteram, nos
extasiam, nos inspiram e nos impulsionam no nosso virtuosismo e
evolução espiritual.
Deus,
entre muitas formas de descrevê-lo, também pode ser descrito como o
estado divino da vida e da criação, fato esse que O torna presente em
nós através da nossa “vida” e torna-se sensível através dos nossos mais
elevados sentimentos de fé.
Isso,
pessoas bondosas seguidoras de todas as religiões conseguem porque o
sentem presente em suas vidas e com Ele interagem através dos
sentimentos virtuosos. Deus tanto está em todos através do dom da
vida, como com todos interage através dos sentimentos nobres e
virtuosos.
E
como isso não é propriedade de nenhuma religião, e sim algo que
pertence à todos os que Nele crêem e agem de acordo com suas leis
reguladoras da vida e seus princípios sustentadores do nosso caráter da
moral, das virtudes, dos verdadeiros sentidos da vida.
Cada
um, independente da religião que segue, sente e entende Deus ao seu
modo e segundo sua percepção e seu estado de consciência.
Na
Umbanda, todos os seus seguidores crêem na existência de Deus e não
questionam a sua existência e nem o inferiorizam, colocando-o ao mesmo
nível das divindades Orixás, e sim, o entendem e o situam como o
divino criador Olorum, que tudo criou e que criou até os Sagrados
Orixás.
O
entendemos como a Origem de tudo e como o Sustentador de tudo o que
criou e confiou a governabilidade dos Sagrados Orixás, os
governadores dos muitos aspectos da Criação e estados da Criação.
Acreditamos
na exis-tência dos seres divinos e os entendemos como nossos
superiores mas em nenhum momento os situamos acima do divino Criador
Olorum, ou como iguais ou superiores a Ele. Na Umbanda, tudo é
hierarquizado e muito bem definido, sendo que na origem e acima de tudo
e de todos está Olorum, o supremo regente da criação, indescritível
através de palavras e impossível de ser modelado em uma imagem
porque não é um ser e sim um poder supremo que rege sobre tudo e
todos, inclusive rege os Orixás divinos, também entendidos como
inefáveis. Porque são Ele, Olorum, já manifestado como suas
qualidades divinas.
A hierarquização é total e só não a vê quem não estuda a Umbanda com uma visão abrangente.
Senão, vejamos:
Olorum
manifesta-se através das suas qualidades divinas. Em cada uma das suas
qualidades Ele gera um Orixá, que por sua vez, traz em si todas as
qualidades de Olorum e geram-nas em suas hierarquias divinas, naturais e
espirituais.
Ou não é verdade que, por exemplo, Ogum é uma qualidade de Deus? Ogum é uma qualidade ordenadora de Olorum, certo?
Portanto,
Olorum que é o todo individualizou-se na sua qualidade ordenadora e
gerou Ogum que, mesmo sendo em si só a qualidade ordenadora dele, traz
em si as suas outras qualidades divinas e, ao manifestá-las, gera uma
infinidade de hierarquias divinas naturais e espirituais, todas
classificadas pelas qualidades divinas contidas na qualidade ordenadora
de Ogum, que só em Ogum é uma qualidade original.
Já
nos “Oguns” qualificados pelas outras qualidades de Olorum, neles a
qualidade ordenadora é uma herança divina herdada de Ogum, fato esse que
os qualificam como “Oguns”.
A
hierarquização é tão rígida que há Olorum, há Ogum e há os “Oguns” que,
estes sim, são as outras qualidades de Olorum herdadas por Ogum.
E
esses “Oguns” são identificados, classificados e hierarquirizados pelas
outras qualidades de Olorum fazendo surgir as hierarquias de Ogum, tais
como: • Ogum ordenador da Fé e da religiosidade dos seres; • Ogum ordenador do Amor e da concepção das novas vidas; • Ogum ordenador da razão ou da Justiça divina e regulador dos “limites” de cada coisa criada; • Ogum ordenador da Lei e do caráter de todas as coisas existentes; • Ogum ordenador da Evolução e da estabilidade da criação; • Ogum ordenador da Geração das coisas e da criatividade dos seres; • Ogum ordenador do Tempo e regulador dos ciclos e dos ritmos de cada coisa criada.
De
tão hierarquizada que é a criação chegamos ao nível terra e
encontramos a hierarquização em tudo e em todos e temos os pássaros de
Ogum; temos as ervas (raízes, folhas, flores, frutas, sementes e
madeiras) de Ogum.
Temos os animais, os répteis, os insetos, os peixes, os anfíbios, etc., de Ogum.
• Temos os filhos de Ogum.
• Temos as cores de Ogum.
• Temos as armas de Ogum.
• Temos os procedimentos e as
posturas de Ogum, o seu
arquétipo divino.
E
o mesmo se repete com todos os Orixás, onde cada um dos Orixás
originais é em si uma qualidade original de Olorum, mas com cada um
trazendo em si e nessa sua qualidade original que o classifica, o
nomeia e o hierarquiza todas as outras qualidades do divino criador
Olorum, pois este também individualizou-se em cada um dos seus Orixás
originais, sendo que estes também hierarquizam-se em cada uma das suas
qualidades divinas que herdaram do divino criador Olorum,
multiplicando-se ao infinito e fazendo surgir um novo Orixá para cada
uma das qualidades herdadas Dele, o divino criador Olorum.
Daí
surgem as muitas “Oxuns”, os muitos “Xangôs”, as muitas “Iemanjás”,
etc., todas hierarquizadas e responsáveis pela aplicação das qualidades
divinas na vida dos seres espirituais, dos seres naturais, dos seres
elementais, dos seres instintivos, dos seres elementares e de tudo o
mais que existe e que é identificado e classificado pela qualidade
divina do Orixá original que o rege e em cada um individualizou-se e o
qualificou com uma das muitas qualidades do divino criador Olorum.
Assim,
na Umbanda cultua-se e adora-se a um único Deus e ao Deus único.
Mas também cultua-se a adora-se os Orixás porque eles são
manifestações e individualizações divinas do divino criador Olorum,
origem de tudo e de todos.
A
idealização de Deus pela Umbanda guarda a essência da matriz religiosa
nagô e a elaborou à partir da hierarquização existente na criação,
hierarquização esta só não visível aos desatentos ou desinformados
pois até nas linhas de trabalho, formada pelos espíritos humanos, ela
está se mostrando o tempo todo através dos nomes simbólicos usados pelos
guias espirituais.
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Ou não é verdade que existem muitas linhas de caboclos de Ogum; de
Oxossi; de Xangô; de Oxalá; de Oxum; de Iemanjá; de Iansã, etc.?
A
Umbanda é monoteísta, mas tal como acontece em todas as outras
religiões, ela também crê na existência de um universo divino, povoado
por seres divinos que zelam pelo equilíbrio da criação e pelo bem
estar dos seres espirituais criados por Deus, o divino criador Olorum. Ou
não é verdade que no monoteístico filo religioso
judaico-cristão-islamita também se crê na existência de um único Deus e
numa corte de seres divinos denominados como anjos, arcanjos,
querubins, serafins, etc?
O
modelo de organização e descrição de Deus e do universo divino é o
mesmo, que é o mesmo utilizado pelo hinduísmo, pelos greco-romanos,
persas, egípcios, e outros povos antigos que também acreditavam na
existência de um Ser Supremo e numa corte divina a auxiliá-lo na
sustentação da criação e na condução da evolução dos seres.
Em se tratando de Deus e das religiões, todas seguem o mesmo modelo de organização, pois dois, não há!
Religiões são como famílias e para existir uma nova família é preciso de um homem, uma mulher, uma casa e filhos.
Não
há outra forma de ter uma família organizada e auto sustentável fora
desse modelo. E o mesmo acontece com as religiões: um único modelo
organizacional para todas.
Uma
vez que Deus é um só e a forma de “tê-lo” em nós e Dele nos
aproximarmos é a mesma para todos, assim como é o destino dos corpos
enterrados nos cemitérios. Então nesse caso não há nada de novo ou
diferente desde que o mundo começou a existir. Apenas existem
diferenças nas formas de apresentação das religiões, pois umas são
rústicas, práticas e simples. Outras são elaboradíssimas, iniciáticas e
complexas, como é o caso da Umbanda, compreendida por uma minoria.
Mas
no fundo da alma das religiões criadas pelos homens, e dos seres
criados por Deus, que só há um, que é o divino criador Olorum, que as
habita.
Esperamos
ter fundamentado e justificado o monoteísmo existente na Umbanda,
certo? Quanto ao que possam dizer os seguidores de alguma outra
religião que sente-se “proprietário” de Deus e atribuam-nos o
politeísmo, olvide-os porque, como bem disse o mestre Jesus, não vale a
pena “dar pérolas aos porcos”.
Pai Rubens Saraceni.
Bom dia,
ResponderExcluirTenho um espaço para locação, com intuito de ser um espaço universalista, dando prioridade para os formados em todos os cursos do Rubens Saraceni, que tem a intenção de propagar o conhecimento e montar um espaço de cursos, desenvolvimento espiritual e todos os conhecimentos esotéricos e místicos correlacionados. Estou localizado numa travessa da Rua Voluntários da Pátria, na altura do 4700, ótima localização na zona norte de São Paulo. A sala principal tem quase 40 metros e um lavabo, 3 vagas de garagem, um terreno lateral com área para plantar ou desenvolver outras funções. Interessados entrem em contato pelo whatsapp e agendem um visita.
Obrigado pela atenção!!!
Gratidão!!!