quinta-feira, 29 de março de 2012

Os Erês: Crianças Espirituais da Umbanda.



As Crianças na Umbanda são espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns da Umbanda. Na sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás. E a prática natural da caridade.

As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums tais como: Luizinho, Teresinha, Clarinha Joaninha, Cosme, Mariazinha, Zezinho, Damião, Pedrinho, Doum, Tupãzinho, Crispim, Luluzinha, Chiquinho, Crispiniano, Aninha, Juquinha.Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas num médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança.
 É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc…

A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho. A entidade conhecida na umbanda por “Erê “ é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e o refrigerante ( a famosa água de bolinhas ) e trata a todos por Tio e Vô. OsErês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Os Pretos Velhos



 Preto-Velho - Copyright Etiene Sales
HISTÓRICO
As grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma.
Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França.
Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros:
  • Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África.
  • Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo e financiavam as guerras e fazia dos vencidos escravos.
No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.
Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubas; geges; hauçá; minas e malês.
A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro:
"Em quatro séculos, XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte selecionada da população.
Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos!
Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": pau, pano e pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães–do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi, protegido de Ogum.
"Zumbi, comandante guerreiro...
Guerreiro mor, capitão.
Da capitania da minha cabeça...
Levai alforria ao meu coração..."
(Gilberto Gil)
Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, Ventre livre e enfim a Lei Áurea.
Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África.
Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião.

ATUAÇÃO
E assim são os Pretos-Velhos da Umbanda. Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz.
Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.
Com seus cachimbos, fala pousada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião.
Não se pode dizer que em sua totalidade que esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de preto-velho. Outros, nem pretos-velhos foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo forma.
Este comentário pode deixar algumas pessoas, do culto e fora dele, meio confusas: "então o preto-velho não é preto-velho, ou é, ou o que acontece???".
O espírito que evoluiu tem a capacidade de se por como qualquer forma passada, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um preto-velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.
Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.
Para muitos os pretos-velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus de lei (exus de luz) desfazendo trabalhos e contra as forças negativas (o mal), espíritos obscessores e contra os exus pagãos (sem luz que trabalham na corrente negativa que levam os homens ao lado negativo e a destruição).

MENSAGEM
Os pretos-velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram apender e encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força de vontade e o encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos do karma e elevar o espírito para a luz divina. Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito.
Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos. Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo com encare seu distino e os acontecimentos de sua vida: "Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade. Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento podeis tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciencia do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o cescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoista, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS" (Pai Cipriano, incorporado no médium Etiene Sales, em setembro de 1997).

Extraído da Internet.

sábado, 24 de março de 2012

Umbanda Missionária e sua Missão.

A Umbanda Missionária, tem por objetivo propagar e divulgar integralmente a Umbanda e sua doutrina salvadora.
Relembrar os quatro princípios sublimes da religião de Umbanda, que são:
1° A Umbanda deve estar baseada no Evangelho de Jesus.
2° A Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade.
3° A todos os espíritos é dada a oportunidade de comunicação, com os mais evoluídos aprenderemos, e aos menos evoluídos ensinaremos.
4º A Umbanda veio para harmonizar as famílias e curar os doentes do corpo e da alma.

A partir de hoje, iremos voltar a  publicar várias postagens interessantes e valiosas, inclusive iremos tratar cada um destes 4 princípios sublimes de Umbanda de forma profunda e minuciosa. 
A Umbanda Missionária é uma vertente de Umbanda que não veio competir com as outras, ou trazer novas luzes, vem simplesmente cumprir sua missão.
Cada vertente ou escola umbandista tem sua particularidade no tocante missão, algumas vieram para a reforma teológica, outras para abranger o campo magistico da religião, enfim há várias vertentes com sua missão especial,mais todas estas escolas e ramificações, são unidas a um todo bem maior, que se chama: UMBANDA.
Assim sendo a vertente de Umbanda Missionária vem também com sua missão particular que é de ser a vertente da divulgação, propagação, através de esforços para levar a Umbanda para Tv, rádio, internet, jornais, trabalhar para erigir em todo o Brasil, mais manifestações públicas e conscientes da religião.
Enfim ser a escola umbandista que forma missionários umbandistas, prontos para ir pregar sobre sua religião, que é a dileta dos Orixás.
Além desta missão, é também agregada a missão de lembrar aos umbandistas, os 4 princípios sublimes de Umbanda já divulgados pelo anunciador celestial de Umbanda o Mestre Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Traremos aqui mensagens especiais de nossos queridos mentores Pai Francisco de Aruanda e Caboclo Cacique Caçador.
Bem Vindos.

Muito axé e luz, no conhecimento de Oxóssi e no amor de Oxum.

David Veronezi.

Coordenação Espiritual: PAI FRANCISCO DE ARUANDA(Mestre de Luz da Lei de .Umbanda).

Voltamos

Depois de mais de um ano de inatividade, devido a problemas pessoais, voltamos.
Continuar divulgando a nossa querida religião de Umbanda.
Novas postagens estão sendo preparadas.
Muito axé e luz a todos, no conhecimento de Oxóssi e no amor de Oxum...